Estudos Esotéricos Livres PAZ E SERENIDADE --- Quando o Espírito desaba, resta-nos sempre a serenidade dos escombros...
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quarta-feira, 28 de julho de 2010
Luz e Trevas...
Na escuridão qualquer nesga de luz é um bálsamo que devolve o senso de orientação... A caverna de Platão nos fala de algo assim. Por outro lado, o conhecimento traz ao homem a noção de sua própria miséria. Há momentos em que as trevas nos protegem... Eis aí um aparente porém grande paradoxo...
terça-feira, 27 de julho de 2010
A vingança e suas facetas
Já destaquei em vários outros textos que Kardec assevera ter origem no instinto de conservação todas as paixões e vícios do ser humano ("A Gênese" e "O Céu e o Inferno"). Por outro lado em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", a vingança é apontada como o último resquício da barbárie humana. Já foi dito que a vingança é um prato que deve ser servido frio, o que bem demonstra a ação do intelecto já desenvolvido na gestão de atitudes norteadas pelo prazer que a vingança traz... Sim, prazer... Infelizmente esse é o termo, prazer.
Por que a vingança é particularmente prazerosa para a maioria das pessoas? O prazer é, grosso modo, a sensação intensamente agradável que um ato ou fato provoca no universo sensorial do ser. Quando o ser humano se sente aviltado, ofendido, seja ou não real a sua desdita, basta imaginar algo de igual intensidade ou até bem pior acontecendo com o desafeto para que uma satisfação se insinue em sua alma...
Quem sabe seja melhor assim... Talvez muitos atos tresloucados sejam evitados pelo mero prazer em imaginar o pior para aqueles que trouxeram dor moral ou física... Talvez... De qualquer modo, o ensinamento cristão aponta no contrazimute de posturas que tais... Jesus ensinou a dar a outra face. Ensinou a perdoar não sete, mas setenta vezes sete vezes... Ensinou a amar aos inimigos... Há quem oculte nos ensinamentos o desejo sorrateiro de vingança, travestindo-o em pensamentos como "Eu o perdôo, mas não queria estar em sua pele diante de Deus!!!"; ou então "Deus vai lhe dar o que merece!!!"... Quem assim pensa, pelo menos já deixou de praticar moto propriu os atos de vingança... Mas continua desejando que o desafeto sofra...
Dizem que "ciúme" é desejar que outrem não tenham o que temos, e que "inveja" é não desejar que outrem tenham o que têm (o invejoso muitas vezes sequer deseja para si o que os outros têm, apenas gostaria que também não tivessem...). A vingança é o desejo mórbido de que a dor que sentimos seja vivenciada pelos nossos desafetos. Curiosamente, o desejo de vingança ocorre até mesmo quanto a dores que não são nossas...
Nesse contexto, continuo concordando com o ensinamento de André Luiz. Tudo indica que a Vida condiciona atração e repulsão no mineral, automatismos fisiológicos no vegetal, instintos no animal e conduta no ser humano...
Depois de evos inteiros na aquisição do enorme tesouro instintivo humano, buscamos condicionar nossa conduta... É o momento da cosmoética determinar os contornos do ser...
Por que a vingança é particularmente prazerosa para a maioria das pessoas? O prazer é, grosso modo, a sensação intensamente agradável que um ato ou fato provoca no universo sensorial do ser. Quando o ser humano se sente aviltado, ofendido, seja ou não real a sua desdita, basta imaginar algo de igual intensidade ou até bem pior acontecendo com o desafeto para que uma satisfação se insinue em sua alma...
Quem sabe seja melhor assim... Talvez muitos atos tresloucados sejam evitados pelo mero prazer em imaginar o pior para aqueles que trouxeram dor moral ou física... Talvez... De qualquer modo, o ensinamento cristão aponta no contrazimute de posturas que tais... Jesus ensinou a dar a outra face. Ensinou a perdoar não sete, mas setenta vezes sete vezes... Ensinou a amar aos inimigos... Há quem oculte nos ensinamentos o desejo sorrateiro de vingança, travestindo-o em pensamentos como "Eu o perdôo, mas não queria estar em sua pele diante de Deus!!!"; ou então "Deus vai lhe dar o que merece!!!"... Quem assim pensa, pelo menos já deixou de praticar moto propriu os atos de vingança... Mas continua desejando que o desafeto sofra...
Dizem que "ciúme" é desejar que outrem não tenham o que temos, e que "inveja" é não desejar que outrem tenham o que têm (o invejoso muitas vezes sequer deseja para si o que os outros têm, apenas gostaria que também não tivessem...). A vingança é o desejo mórbido de que a dor que sentimos seja vivenciada pelos nossos desafetos. Curiosamente, o desejo de vingança ocorre até mesmo quanto a dores que não são nossas...
Nesse contexto, continuo concordando com o ensinamento de André Luiz. Tudo indica que a Vida condiciona atração e repulsão no mineral, automatismos fisiológicos no vegetal, instintos no animal e conduta no ser humano...
Depois de evos inteiros na aquisição do enorme tesouro instintivo humano, buscamos condicionar nossa conduta... É o momento da cosmoética determinar os contornos do ser...
sábado, 24 de julho de 2010
Comer carne? Coma peixes...
O princípio inteligente progride dentre os animais às conquistas instintivas que permitem uma progressiva individualização, ao mesmo em que o raciocínio inaugura-se em fenômenos ainda fragmentários. Se observarmos, em meio aos metazoários em geral, digamos, uma tartaruga, veremos que o espécime não ostenta visíveis atributos de individualidade; um cão doméstico, por outro lado, tem nítidos contornos de individualização. Numa mesma ninhada, encontramos cães com "personalidades" muito diferentes. Nesse contexto, a questão da alimentação carnívora ganha outras possíveis considerações.
De fato, conquanto não exista uma regra absoluta quanto à alimentação humana (humanos, que muitos dizem ser uma espécie onívora), podemos alinhavar premissas válidas acerca do assunto. O homem herda de seu passado animal todo o conserto de instintos que, genericamente, podemos designar como "instinto de conservação", tomando de empréstimo a expressão usada nas obras "A Gênese" e "O Céu e o Inferno" (Kardec). Assim, o homem mantém o seu cabedal de instintos, aquisições sem as quais não teria progredido na senda evolutiva. Todavia, com a conquista do raciocínio contínuo (requisito para a individualidade plena), passa a cogitar de tudo o que aprende, chegando, num dado momento, à valoração moral de sua conduta.
Sendo assim, percebe que os demais metazoários que comungam deste planeta têm, uns mais outros menos, traços de consciência acerca de si mesmos. Mesmo os que comem carne com habitualidade vez por outra se vêem às voltas com a questão da matança de animais para fins industriais, como fonte de alimentação de massa. Milhões de animais são sacrificados, sem quaisquer preocupações com o nível de consciência, mesmo incipiente, que eventualmente tenham.
Só mesmo quem já viu a entrada de bovinos na fila do matadouro sabe como aqueles animais tocam-se de extrema angústia, ansiedade, desespero, medo... Percebem, de alguma forma, que vão morrer. Não precisamos nos deter nesta análise. O ponto relevante é: se podemos comer carne, como condição natural do ser humano, como poderíamos conciliar a depredação de metazoários com um nível mínimo de respeito cosmoético às vidas em progresso naqueles espécimes?
(Não vamos discutir aqui a opinião de quem não vê a necessidade de tais preocupações... Tampouco procuraremos explicar a sinceridade dessas preocupações.)
Inevitável vislumbrar a diferença de nível evolutivo entre um bovino e um peixe. O peixe é um metazoário cujos espécimes compõem, de modo evidente, um ente coletivo (não falamos de mamíferos aquáticos). Um cardume de peixes é, por assim dizer, um organismo coletivo. Na grande maioria os animais são assim, mas fica bem mais nítido em algumas espécies, notadamente de peixes. Bovinos reúnem-se em grupos, sem dúvida. No entanto, cada espécime tem grandes conquistas de individualidade, diferentemente do que ocorre com os peixes. Alguém já viu um espécime de peixe assumindo conduta individual, conforme as circunstâncias? Alguém já viu um peixe que aprende em algum experimento de laboratório? Os peixes, até onde se sabe, não sofrem o estresse oriundo da ansiedade, da angústia. Seus veios de energia não se refletem em fluxos hormonais no corpo físico, como ocorre com os bovinos, caprinos, equinos etc. Mesmo que um peixe morra sem poder respirar, não deixará seu corpo físico banhado de substâncias bioquímicas denunciadoras do medo e da agonia que um bovino sente ao perceber-se prestes a ser morto. Um peixe "sofre" tão-somente a falência das funções vitais no corpo físico.
Eis aí uma grande diferença.
A carne em geral que comemos traz em si o registro do desespero do animal abatido. Já a carne do peixe, não. A Natureza é sábia. A carne mais saudável à alimentação do corpo físico do homem é também a menos danosa para sua consciência.
De fato, conquanto não exista uma regra absoluta quanto à alimentação humana (humanos, que muitos dizem ser uma espécie onívora), podemos alinhavar premissas válidas acerca do assunto. O homem herda de seu passado animal todo o conserto de instintos que, genericamente, podemos designar como "instinto de conservação", tomando de empréstimo a expressão usada nas obras "A Gênese" e "O Céu e o Inferno" (Kardec). Assim, o homem mantém o seu cabedal de instintos, aquisições sem as quais não teria progredido na senda evolutiva. Todavia, com a conquista do raciocínio contínuo (requisito para a individualidade plena), passa a cogitar de tudo o que aprende, chegando, num dado momento, à valoração moral de sua conduta.
Sendo assim, percebe que os demais metazoários que comungam deste planeta têm, uns mais outros menos, traços de consciência acerca de si mesmos. Mesmo os que comem carne com habitualidade vez por outra se vêem às voltas com a questão da matança de animais para fins industriais, como fonte de alimentação de massa. Milhões de animais são sacrificados, sem quaisquer preocupações com o nível de consciência, mesmo incipiente, que eventualmente tenham.
Só mesmo quem já viu a entrada de bovinos na fila do matadouro sabe como aqueles animais tocam-se de extrema angústia, ansiedade, desespero, medo... Percebem, de alguma forma, que vão morrer. Não precisamos nos deter nesta análise. O ponto relevante é: se podemos comer carne, como condição natural do ser humano, como poderíamos conciliar a depredação de metazoários com um nível mínimo de respeito cosmoético às vidas em progresso naqueles espécimes?
(Não vamos discutir aqui a opinião de quem não vê a necessidade de tais preocupações... Tampouco procuraremos explicar a sinceridade dessas preocupações.)
Inevitável vislumbrar a diferença de nível evolutivo entre um bovino e um peixe. O peixe é um metazoário cujos espécimes compõem, de modo evidente, um ente coletivo (não falamos de mamíferos aquáticos). Um cardume de peixes é, por assim dizer, um organismo coletivo. Na grande maioria os animais são assim, mas fica bem mais nítido em algumas espécies, notadamente de peixes. Bovinos reúnem-se em grupos, sem dúvida. No entanto, cada espécime tem grandes conquistas de individualidade, diferentemente do que ocorre com os peixes. Alguém já viu um espécime de peixe assumindo conduta individual, conforme as circunstâncias? Alguém já viu um peixe que aprende em algum experimento de laboratório? Os peixes, até onde se sabe, não sofrem o estresse oriundo da ansiedade, da angústia. Seus veios de energia não se refletem em fluxos hormonais no corpo físico, como ocorre com os bovinos, caprinos, equinos etc. Mesmo que um peixe morra sem poder respirar, não deixará seu corpo físico banhado de substâncias bioquímicas denunciadoras do medo e da agonia que um bovino sente ao perceber-se prestes a ser morto. Um peixe "sofre" tão-somente a falência das funções vitais no corpo físico.
Eis aí uma grande diferença.
A carne em geral que comemos traz em si o registro do desespero do animal abatido. Já a carne do peixe, não. A Natureza é sábia. A carne mais saudável à alimentação do corpo físico do homem é também a menos danosa para sua consciência.