Deus exerce o seu poder de criar. Não sabemos como o faz, tampouco quais são os seus exatos objetivos em manter o Universo como ele é, com todos os seus ciclos, ritmos e o infinito de aspectos que nossa percepção e capacidade de compreensão não abarcam.
Mas, enfim, Deus cria. É o Criador. Somos, como tudo o mais, suas criações.
Pois bem.
Consoante a tradição esotérica dos povos, tanto do Oriente como do Ocidente, o Criador emana de si centelhas de Vida que esparge pelo Universo. Tais centelhas, que muitos chamam "mônadas", inserem-se no contexto dos fenômenos que se desdobram desde a atração e repulsão nos minerais até o mais brilhante Arcanjo que possamos conceber.
Em meio a tais parâmetros estamos nós, individualidades conscientes que, dentre outras coisas, cogitam de si mesmos e do próprio Criador.
Da tradição esotérica tiramos que há pelo menos três grandes vertentes de Vida.
ELOHIM - Os seres que realizam a Vontade do Verbo Criador estruturando os mundos e tudo o que existe compõem a vertente do Poder de Deus, a chama Azul, os Elohim e as várias designações que recebem conforme a corrente esotérica que os mencione.
ANJOS - Os seres que realizam a Vontade do Verbo Criador veiculando o Seu Amor, a Divina Providência, a Chama Rosa do Amor de Deus, são os Anjos, da mesma forma, com todas as variantes de designação conforme a origem da tradição dos povos.
SERES CÓSMICOS - Os seres que realizam a Vontade do Verbo Criador em comunhão na própria Criação, na Chama Amarela da Sabedoria, são os Seres Cósmicos, novamente sob variadas designações.
Os Elohim são, em conjunto, muitas vezes chamados simplesmente de "Deus". Deus fez o sol. Sim, através dos Elohim. O "Deus" referido na Gênese, consoante as traduções primitivas, era designado como "Deuses".
Os Anjos são os mensageiros do Amor de Deus. Compõem a Providência Divina no que se refere ao socorro e ao apoio, ao acompanhamento, monitoramente, seja como for.
Os Seres Cósmicos são os que executam, através de seus próprios recursos, o Verbo, numa comunhão cósmica de elevada responsabilidade quanto à sua esfera de ação.
É comum vermos Jesus apontado como o Governador deste planeta, o Ser Cósmico responsável por toda a humanidade terrestre. Na verdade, a referência é ao Cristo Planetário, o Ser Cósmico que o próprio Jesus chamava de "Pai", com o qual era uno no sentido de ter com Ele a comunhão de suas realizações, vertendo para o plano físico o ideário cujo ensinamento era a própria missão desempenhada.
Vê-se que a designação de "Deus" é aplicada a Entes distintos, conforme o momento e as circunstâncias.
O Cristo Planetário não se confunde com o homem de extrema sofisticação espiritual que lhe serviu de base física para manifestação. Jesus foi o médium do Cristo.
Assim meditado, temos que em cada Criação as centelhas são lançadas e vicejam. É necessário repetir: não sabemos nem podemos especular sobre os porquês exatos da Vontade Divina. Todavia, essas centelhas não são idênticas --- parte delas forma a corrente de Vida dos Elohim, parte forma a corrente de Vida dos Anjos e parte forma a corrente de Vida dos Seres Cósmicos.
Nós, seres humanos, não somos Elohim, tampouco Anjos certamente. Somos, pois, Seres Cósmicos. Não estamos na corrente de Vida do Poder de Deus, nem do Amor de Deus, mas sim da Sabedoria de Deus. Somos seres da Chama Amarela. Somos seres que se destinam a CONHECER.
Você já notou que somente com relação aos homens consta das tradições terem sido criados "à imagem e semelhança de Deus"? Já percebeu que sempre e sempre há referências a um sentimento de "ciúme" dos Anjos em relação aos homens? Já se deu conta de que a parábola do filho pródigo bem demonstra como o pai tem acréscimo de misericórdia e carinho para com o filho rebelde, que desde cedo manifesta uma indômita força de fazer valer o seu próprio desejo?
Imagine três crianças ainda pequenas.
Uma é plenamente obediente e faz tudo o que o pai manda.
Outra, é plenamente obediente e cuida das coisas com desvelado carinho e amor, devotada a doar-se desde logo para que o pai fique orgulhoso e feliz.
A terceira criança demonstra desde cedo uma imensa e atávica curiosidade acerca de tudo, vasculhando, tocando, experimentando, sem nenhuma preocupação com o que o pai está a lhe dizer.
Fácil entender que as centelhas divinas que compõem a humanidade são como a criança curiosa, que mal cabe em si pelo ímpeto de ser, de saber, de fazer, de ver, de sentir, enfim, de conhecer.
Qual das crianças exige mais atenção do pai? Qual delas necessita mais da presença e corrigendas a fim de manter-se em crescimento seguro? Qual delas é, ao mesmo tempo, mais rebelde e mais vulnerável, frágil, insegura?
Isso mesmo...
Os seres humanos são centelhas infantis e rebeldes que buscam desesperadamente a sua própria identidade, individualidade, consciência, vontade e realização. São centelhas divinas que jamais estão satisfeitas e que, enquanto infantis, cometem toda sorte de crueldades, fincadas no veio egoísta que denota o ser cujo destino cósmico é crescer no conhecimento de tudo.
Agora, uma mudança de foco.
Sabe a figura de Lúcifer? É tido como o mais brilhante dos anjos, que, desejando ser Deus, precipitou-se nas Trevas. Rebelou-se contra o Pai e arrastou consigo um terço das estrejas do céu. Curiosamente, uma lenda chinesa diz exatamente o mesmo. O Dragão rebelou-se e caiu na Terra, trazendo consigo um terço das estrelas.
Não é algo já familiar nessas nossas cogitações?
Uma centelha divina que se destina a conhecer. Uma centelha divina que, para conhecer, necessita de um impulso inato de egoística busca de si mesmo, individualização e crescimento enquanto ser, na ambição de fazer por si o que a sua própria vontade determinar. Um centelha divina que, portanto, necessita de um briho a mais, capaz de distingui-la da pura e simples obediência e difusão sem quaisquer eivos de egoísmo.
A rebelião de Lúcifer é um mero mito, um símbolo, uma parábola.
Mas é um mito que nos esfrega ao rosto a nossa origem.
A humanidade é o próprio Lúcifer. O Portador de Luz. O Filho Mais Brilhante. O Filho Rebelde. O Filho que não ouviu o Pai. O Filho que deseja existir consoante sua própria vontade. O Filho que deseja ser Deus.
Não somos uma escória. Não somos vilões de um pecado original que ninguém sabe explicar. Não somos seres inferiores, herdeiros de um crime, tampouco descendentes de fraticidas.
Somos Espíritos ainda infantis, com todas as crueldades dessa condição, recebendo instrução, corrigendas e aprendizado. Esse é o nosso destino. Estamos numa jornada cósmica de ascensão em busca da Luz da Sabedoria.
Por isso somos tão bajulados com toneladas de misericórdia e carinho por parte de nossos Mestres, Seres que nos precederam nessa viagem.
Não se permita jamais identificar-se com a mesquinharia de um conceito como o "pecado original". Somos pecadores no sentido de imperfeitos ainda. Como toda criança espiritual, estamos progredindo no curso de nossa evolução.
"Sois deuses"!!!
Leia também em WEBARTIGOS:
http://www.webartigos.com/articles/50853/1/Pecado-Original---Queda---Lucifer/pagina1.html
Estudos Esotéricos Livres PAZ E SERENIDADE --- Quando o Espírito desaba, resta-nos sempre a serenidade dos escombros...
Estudos
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domingo, 31 de outubro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Temas Teosóficos - Simbolismo Religioso - excertos
Ísis Desvelada - Vol. 3
A Ísis egípcia era representada como uma Virgem Mãe por seus devotos, e segurando o seu filho, Hórus, nos braços. Em algumas estátuas e baixos-relevos, quando aparece só, ela está completamente nua ou velada da cabeça aos pés, Mas nos mistérios, em comum como quase todas as outras deusas, ela figura inteiramente velada da cabeça aos pés, como símbolo da castidade materna. Nada perderíamos se emprestássemos dos antigos um pouco do sentimento poético de suas religiões e da inata veneração que eles tinham por seus símbolos.
[...]
Podemos assim inferir que a única diferença característica entre o Cristianismo moderno e as antigas fés pagãs é a crença do primeiro num demônio pessoal e no inferno. "As nações arianas não tinham nenhum demônio", diz Max Müller. "Platão, embora de caráter sombrio, era um personagem respeitabilíssimo; e Loki (o escandinavo), embora uma pessoa maligna, não era um diabo. A deusa alemã Hel, como Proserpina, também havia conhecido dias melhores. Assim, quando aos alemães se falava na idéia de um semítico Seth, Satã ou Diabolus semita, não se lhes infundia temor algum".
[...]
...o Cristianismo do século XIX não é o Cristianismo da Idade Média, e que o Cristianismo da Idade Média não era o dos primeiros Concílios; que o Cristianismo dos primeiros Concílios não era o dos apóstolos, e que só o que foi dito por Jesus foi verdadeiramente bem dito...
[...]
Em seu insaciável desejo de estender o domínio da fé cega, os primitivos arquétipos da Teologia cristã foram forçados a ocultar, na medida do possível, as suas verdadeiras fontes. Para esse efeito, eles queimaram ou destruíram, como se afirma, todos os manuscritos originais sobre Cabala, Magia e ciências ocultas que lhes caíram nas mãos. Eles supunham, em sua ignorância, que os escritos mais perigosos dessa espécie tinham desaparecido com o último gnóstico; mas um dia eles descobrirão o seu engano. Outros documentos autênticos e igualmente importantes reaparecerão, talvez, "de maneira inesperada e quase miraculosa".
[...]
A religião que mais se assemelhou aos ensinamentos dos poucos numerosos apóstolos primitivos - religião pregada pelo próprio Jesus - [e a mais antiga de ambas, o Budismo. Este, tal como foi ensinado em sua pureza primitiva, e levado à perfeição pelo último dos Buddhas, Gautama, baseava sua ética moral em três princípios fundamentais. Ele afirmava: 1º: que todas as coisas existem como resultado de causas naturais; 2º: que a virtude acarreta a sua própria recompensa, e o vício e o pecado sua própria punição, e o 3º: que o estado do homem neste mundo é de provação.
[...]
Existe uma tradição grega que jamais foi aceita no Vaticano. Essa Igreja remonta sua origem a um dos chefes gnósticos - Basilides, talvez -, que viveu sob Trajano e Adriano, ao fim do século I e início do II. No que respeita a essa tradição particular, se o gnóstico é Basilides, então deveremos aceitá-lo como uma autoridade suficiente, pois ele pretende ter sido discípulo do Apóstolo Mateus, e pupilo de Gláucias, este um discípulo do próprio São Pedro. Se o relato que se lhe atribui é autêntico, o Comitê Londrino para a Revisão da Bíblia faria bem em acrescentar um novo capítulo aos Evangelhos de Mateus, Marcos e João, contando a história da negação de Cristo por Pedro.
A tradição de que estamos falando afirma que, quando, apavorado pela acusação do servidor do sumo-sacerdote, o apóstolo negou por três vezes o seu Mestre, e o galo cantou, Jesus, que então atravessava a galeria sob a guarda dos soldados, virou-se e, encarando a Pedro, disse: “Em verdade, Pedro, eu te digo que me negarás por todos os séculos vindouros, e jamais pararás enquanto não te tornares velho, e estenderás as mãos e um outro te cingirá e te levará para onde não queres” (João XXI, 18.). A última parte desta sentença, dizem os gregos, está relacionada com a Igreja, e profetiza a sua constante apostasia de Cristo, sob a máscara da falsa religião. Mais tarde, a passagem foi inserida no cap. XXI de João, mas todo esse capítulo foi denunciado como falsificação, antes mesmo de se ter descoberto que esse Evangelho jamais foi escrito em suma pelo Apóstolo João.
[...]
Não obstante o grandiloqüente elogio de Constantino (Socrates Scholasticus, Eccl. Hist., I, IX.), Sabino, o Bispo de Heracléia, afirma que, "exceto Constantino, o imperador, e Eusébio Panfílio, esses bispos eram um conjunto de criaturas iletradas, simples, que não compreendiam coisa alguma" (Ibid., I, VIII.) - o que equivale a dizer que eram um bando de imbecis. Essa era aparentemente a opinião de Papus, que nos conta do pouco de magia executada para saber quais eram os Evangelhos verdadeiros. No seu Synodicon desse Concílio, Papus diz [que], tendo "posto promiscuamente todos os livros apresentados à escolha do Concílio sob a mesa da comunhão de um igreja, eles [os bispos] pediram ao Senhor que os escritos inspirados fossem deixados sobre a mesa, ao passo que os espúrios ficassem sob ela - e isso realmente aconteceu" (Fabrício, Bibl. graeca, livro VI. cap. III, 34, "Synodus Nicaena"). Mas ninguém nos diz quem ficou com as chaves da câmara conciliaria durante aquela noite!
A Ísis egípcia era representada como uma Virgem Mãe por seus devotos, e segurando o seu filho, Hórus, nos braços. Em algumas estátuas e baixos-relevos, quando aparece só, ela está completamente nua ou velada da cabeça aos pés, Mas nos mistérios, em comum como quase todas as outras deusas, ela figura inteiramente velada da cabeça aos pés, como símbolo da castidade materna. Nada perderíamos se emprestássemos dos antigos um pouco do sentimento poético de suas religiões e da inata veneração que eles tinham por seus símbolos.
[...]
Podemos assim inferir que a única diferença característica entre o Cristianismo moderno e as antigas fés pagãs é a crença do primeiro num demônio pessoal e no inferno. "As nações arianas não tinham nenhum demônio", diz Max Müller. "Platão, embora de caráter sombrio, era um personagem respeitabilíssimo; e Loki (o escandinavo), embora uma pessoa maligna, não era um diabo. A deusa alemã Hel, como Proserpina, também havia conhecido dias melhores. Assim, quando aos alemães se falava na idéia de um semítico Seth, Satã ou Diabolus semita, não se lhes infundia temor algum".
[...]
...o Cristianismo do século XIX não é o Cristianismo da Idade Média, e que o Cristianismo da Idade Média não era o dos primeiros Concílios; que o Cristianismo dos primeiros Concílios não era o dos apóstolos, e que só o que foi dito por Jesus foi verdadeiramente bem dito...
[...]
Em seu insaciável desejo de estender o domínio da fé cega, os primitivos arquétipos da Teologia cristã foram forçados a ocultar, na medida do possível, as suas verdadeiras fontes. Para esse efeito, eles queimaram ou destruíram, como se afirma, todos os manuscritos originais sobre Cabala, Magia e ciências ocultas que lhes caíram nas mãos. Eles supunham, em sua ignorância, que os escritos mais perigosos dessa espécie tinham desaparecido com o último gnóstico; mas um dia eles descobrirão o seu engano. Outros documentos autênticos e igualmente importantes reaparecerão, talvez, "de maneira inesperada e quase miraculosa".
[...]
A religião que mais se assemelhou aos ensinamentos dos poucos numerosos apóstolos primitivos - religião pregada pelo próprio Jesus - [e a mais antiga de ambas, o Budismo. Este, tal como foi ensinado em sua pureza primitiva, e levado à perfeição pelo último dos Buddhas, Gautama, baseava sua ética moral em três princípios fundamentais. Ele afirmava: 1º: que todas as coisas existem como resultado de causas naturais; 2º: que a virtude acarreta a sua própria recompensa, e o vício e o pecado sua própria punição, e o 3º: que o estado do homem neste mundo é de provação.
[...]
Existe uma tradição grega que jamais foi aceita no Vaticano. Essa Igreja remonta sua origem a um dos chefes gnósticos - Basilides, talvez -, que viveu sob Trajano e Adriano, ao fim do século I e início do II. No que respeita a essa tradição particular, se o gnóstico é Basilides, então deveremos aceitá-lo como uma autoridade suficiente, pois ele pretende ter sido discípulo do Apóstolo Mateus, e pupilo de Gláucias, este um discípulo do próprio São Pedro. Se o relato que se lhe atribui é autêntico, o Comitê Londrino para a Revisão da Bíblia faria bem em acrescentar um novo capítulo aos Evangelhos de Mateus, Marcos e João, contando a história da negação de Cristo por Pedro.
A tradição de que estamos falando afirma que, quando, apavorado pela acusação do servidor do sumo-sacerdote, o apóstolo negou por três vezes o seu Mestre, e o galo cantou, Jesus, que então atravessava a galeria sob a guarda dos soldados, virou-se e, encarando a Pedro, disse: “Em verdade, Pedro, eu te digo que me negarás por todos os séculos vindouros, e jamais pararás enquanto não te tornares velho, e estenderás as mãos e um outro te cingirá e te levará para onde não queres” (João XXI, 18.). A última parte desta sentença, dizem os gregos, está relacionada com a Igreja, e profetiza a sua constante apostasia de Cristo, sob a máscara da falsa religião. Mais tarde, a passagem foi inserida no cap. XXI de João, mas todo esse capítulo foi denunciado como falsificação, antes mesmo de se ter descoberto que esse Evangelho jamais foi escrito em suma pelo Apóstolo João.
[...]
Não obstante o grandiloqüente elogio de Constantino (Socrates Scholasticus, Eccl. Hist., I, IX.), Sabino, o Bispo de Heracléia, afirma que, "exceto Constantino, o imperador, e Eusébio Panfílio, esses bispos eram um conjunto de criaturas iletradas, simples, que não compreendiam coisa alguma" (Ibid., I, VIII.) - o que equivale a dizer que eram um bando de imbecis. Essa era aparentemente a opinião de Papus, que nos conta do pouco de magia executada para saber quais eram os Evangelhos verdadeiros. No seu Synodicon desse Concílio, Papus diz [que], tendo "posto promiscuamente todos os livros apresentados à escolha do Concílio sob a mesa da comunhão de um igreja, eles [os bispos] pediram ao Senhor que os escritos inspirados fossem deixados sobre a mesa, ao passo que os espúrios ficassem sob ela - e isso realmente aconteceu" (Fabrício, Bibl. graeca, livro VI. cap. III, 34, "Synodus Nicaena"). Mas ninguém nos diz quem ficou com as chaves da câmara conciliaria durante aquela noite!
Temas Teosóficos - Simbolismo Religioso
Deuses de Luz / Deuses de Trevas
Há um pano de fundo comum às tradições mais primitivas de muitos povos da Antiguidade. Esse pano de fundo, basicamente, se assenta na idéia de que Deuses "descem" à Terra e se encarnam na humanidade --- simbolismo da Queda. Brahma, precipitado por Bhagavan, ou Júpiter por Cronos (Saturno), constituem a visão pagã antiga para o Filho que vem à Terra, partindo do Pai. No Egito havia Osíris, Ísis e Hórus, este o Filho.
Desde que vivendo na Terra --- vivendo no plano físico --- o padrão vibracional denso demarca a Queda.
A Natureza demarca nos homens e em todos os animais um desejo apaixonado, inerente e instintivo, de liberdade e livre arbítrio. Blavatsky menciona o poema de Milton (Paraíso Perdido), com a frase célebre:
"É preferível reinar no inferno
Que servir como escravos no céu!"
E arremata: É melhor ser homem - coroamento da produção terrestre e rei do seu opus operatum - que confundir-se no Céu entre as Legiões Espirituais sem vontade. Lembremo-nos que se cuida de todo um volume tratando do simbolismo das religiões (Doutrina Secreta - Vol. IV), não se pretendendo dar outro sentido senão o simbólico a tais assertivas.
Em todas as cosmogonias da antiguidade a Luz vem das Trevas. No Egito, as Trevas eram o "princípio de todas as coisas".
Não havia, nas culturas antigas, o conceito de Trevas como o que hoje chamamos de Mal. tampouco o que se dizia ser o Mal se coaduna com a idéia que esse elemento valorativo cultural desde a idade média passou a representar.
Mas o simbolismo ostentava palavras e imagens que se tornaram sugestivas para a teologia católica, que, depreciando-lhes o sentido originário, edificou toda uma cultura de terrorismo e medo.
Lê-se no I-Ching:
O Dragão voador, soberbo e rebelde, sofre agora, e é punido por seu orgulho; pensou que reinava no Céu, e só reina na Terra.
Pois é. Isso está no I-Ching. E é muito mais antigo do que os concílios católicos. Também o significado era bem diferente.
A igreja católica criou o diabo --- Lúcifer --- tomando dos cultos pagãos da antiguidade o simbolismo que descrevia a descida do Absoluto no plano das formas, ou seja, na Dualidade.
A natureza dual tem sua essência na Unidade. Mas isso não poderia ser dito --- afinal, como dizer que o pretenso "Mal" era um atributo da própria Divindade?
Ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/outras-doutrinas-espiritualistas/a-teosofia-de-blavatsky-simbolismo-das-religioes/msg161141/?topicseen#msg161141#ixzz13mqlGiV8
Há um pano de fundo comum às tradições mais primitivas de muitos povos da Antiguidade. Esse pano de fundo, basicamente, se assenta na idéia de que Deuses "descem" à Terra e se encarnam na humanidade --- simbolismo da Queda. Brahma, precipitado por Bhagavan, ou Júpiter por Cronos (Saturno), constituem a visão pagã antiga para o Filho que vem à Terra, partindo do Pai. No Egito havia Osíris, Ísis e Hórus, este o Filho.
Desde que vivendo na Terra --- vivendo no plano físico --- o padrão vibracional denso demarca a Queda.
A Natureza demarca nos homens e em todos os animais um desejo apaixonado, inerente e instintivo, de liberdade e livre arbítrio. Blavatsky menciona o poema de Milton (Paraíso Perdido), com a frase célebre:
"É preferível reinar no inferno
Que servir como escravos no céu!"
E arremata: É melhor ser homem - coroamento da produção terrestre e rei do seu opus operatum - que confundir-se no Céu entre as Legiões Espirituais sem vontade. Lembremo-nos que se cuida de todo um volume tratando do simbolismo das religiões (Doutrina Secreta - Vol. IV), não se pretendendo dar outro sentido senão o simbólico a tais assertivas.
Em todas as cosmogonias da antiguidade a Luz vem das Trevas. No Egito, as Trevas eram o "princípio de todas as coisas".
Não havia, nas culturas antigas, o conceito de Trevas como o que hoje chamamos de Mal. tampouco o que se dizia ser o Mal se coaduna com a idéia que esse elemento valorativo cultural desde a idade média passou a representar.
Mas o simbolismo ostentava palavras e imagens que se tornaram sugestivas para a teologia católica, que, depreciando-lhes o sentido originário, edificou toda uma cultura de terrorismo e medo.
Lê-se no I-Ching:
O Dragão voador, soberbo e rebelde, sofre agora, e é punido por seu orgulho; pensou que reinava no Céu, e só reina na Terra.
Pois é. Isso está no I-Ching. E é muito mais antigo do que os concílios católicos. Também o significado era bem diferente.
A igreja católica criou o diabo --- Lúcifer --- tomando dos cultos pagãos da antiguidade o simbolismo que descrevia a descida do Absoluto no plano das formas, ou seja, na Dualidade.
A natureza dual tem sua essência na Unidade. Mas isso não poderia ser dito --- afinal, como dizer que o pretenso "Mal" era um atributo da própria Divindade?
Ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/outras-doutrinas-espiritualistas/a-teosofia-de-blavatsky-simbolismo-das-religioes/msg161141/?topicseen#msg161141#ixzz13mqlGiV8
domingo, 24 de outubro de 2010
Ciência do Conceito Imaculado - Elizabeth C Prophet
Há um conceito ensinado por Elizabeth Clare Prophet (Summit Lighthouse) que é de grande interesse para a conquista de uma postura cosmoética saudável e que nos direciona para o equilíbrio da Serenidade.
É a ideia de CIÊNCIA DO CONCEITO IMACULADO.
Vejamos esse conceito sem preocupações terminológicas com a obra de origem. Usemos os termos a que estamos acostumados.
A condição de Espíritos humanizados, dentre vários outros aspectos, é sustentada pela vertente de energia que advém dos planos mais elevados, nos quais origina-se o fenômeno Vida Evolucionária. Reconhecer isso implica em ver no semelhante um Ser de Luz que vivencia existência nos planos mais densos, recolhido no corpo físico. Vem daí uma consequência muito relevante do ponto de vista cosmoético. Nossos semelhantes são centelhas divinas em evolução e assim devem ser vistos sempre.
Como exemplificado pela Srª. Prophet (obra "Chaves para o seu Progresso Espiritual" - edição da Summit Lighthouse do Brasil), as mães em geral praticam esse tipo de valoração cosmoética em relação aos seus filhos.
De fato, a mãe sempre vê o seu filho como um "anjo", um ser iluminado por quem devota profundo Amor. Mesmo quando usa das necessárias corrigendas que a educação responsável exige, jamais deixa de saber, e de ter certeza, de que ali está um ser de luz profundamente amado.
Eis aí a grande magia da Fraternidade.
Temos que dar um passo a mais. Um passo bem grande mas possível. Temos que ver em todo e qualquer semelhante um ser de luz que merece ser profundamente amado...
Ainda não temos estatura espiritual para amar a um estranho como a um filho; mas devemos desde logo ir nos adestrando na ampliação de nossa capacidade de amar. Iniciemo-nos com a noção de que todos os seres criados são imaculados. Todos os erros, males e atitudes danosas, criminosas, malévolas, devem ser vistas e sobre elas deve recair as consequências justas e inevitáveis; no entanto, não devemos deixar que nosso sentimento em relação ao criminoso, mesmo quando hedionda a conduta, seja de ódio ou do sedutor e envenenante desejo de vingança...
O criminoso cruel é uma centelha divina tanto quanto nossos filhos...
Difícil praticar essa postura? Não... Dificílimo!
Mas lembremo-nos de que o criminoso também é um filho profunda e igualmente amado pelo Pai Eterno de todos nós.
É a ideia de CIÊNCIA DO CONCEITO IMACULADO.
Vejamos esse conceito sem preocupações terminológicas com a obra de origem. Usemos os termos a que estamos acostumados.
A condição de Espíritos humanizados, dentre vários outros aspectos, é sustentada pela vertente de energia que advém dos planos mais elevados, nos quais origina-se o fenômeno Vida Evolucionária. Reconhecer isso implica em ver no semelhante um Ser de Luz que vivencia existência nos planos mais densos, recolhido no corpo físico. Vem daí uma consequência muito relevante do ponto de vista cosmoético. Nossos semelhantes são centelhas divinas em evolução e assim devem ser vistos sempre.
Como exemplificado pela Srª. Prophet (obra "Chaves para o seu Progresso Espiritual" - edição da Summit Lighthouse do Brasil), as mães em geral praticam esse tipo de valoração cosmoética em relação aos seus filhos.
De fato, a mãe sempre vê o seu filho como um "anjo", um ser iluminado por quem devota profundo Amor. Mesmo quando usa das necessárias corrigendas que a educação responsável exige, jamais deixa de saber, e de ter certeza, de que ali está um ser de luz profundamente amado.
Eis aí a grande magia da Fraternidade.
Temos que dar um passo a mais. Um passo bem grande mas possível. Temos que ver em todo e qualquer semelhante um ser de luz que merece ser profundamente amado...
Ainda não temos estatura espiritual para amar a um estranho como a um filho; mas devemos desde logo ir nos adestrando na ampliação de nossa capacidade de amar. Iniciemo-nos com a noção de que todos os seres criados são imaculados. Todos os erros, males e atitudes danosas, criminosas, malévolas, devem ser vistas e sobre elas deve recair as consequências justas e inevitáveis; no entanto, não devemos deixar que nosso sentimento em relação ao criminoso, mesmo quando hedionda a conduta, seja de ódio ou do sedutor e envenenante desejo de vingança...
O criminoso cruel é uma centelha divina tanto quanto nossos filhos...
Difícil praticar essa postura? Não... Dificílimo!
Mas lembremo-nos de que o criminoso também é um filho profunda e igualmente amado pelo Pai Eterno de todos nós.
sábado, 16 de outubro de 2010
Confiança - Dom Magno da Alma
Um dos aspectos mais árduos da ascensão de cada consciência deste plano é manter a postura mental de serenidade ante os inevitáveis obstáculos que nossa condição evolutiva enseja. Como já dito em posts anteriores, é da Doutrina Espírita (principalmente nos livros A Gênese e O Céu e o Inferno) que o instinto de conservação engendra, durante a ascensão evolutiva na fase de humanização, uma série de arrastamentos que originam os vícios e paixões (na terminologia de Kardec).
O imenso acervo de instintos é um tesouro inestimável do ser, mas na fase de consciência contínua, com a clara noção de individualidade, o livre-arbítrio relativo do ser o põe à frente de decisões e, por extensão, nasce a valoração da conduta.
Ainda em meio às tormentas que os fluxos energéticos do corpo espiritual induz como hormônios no corpo físico, o animal passa a cogitar de si e do que o senso progressivo de valoração lhe traz. Não é fácil, pois, ao ser equilibrar-se nessa efervescência.
Não por outra razão, desde a mais profunda antiguidade (da história humana) os Mestres vêm ensinando os valores magnos da Alma, os parâmetros seguros da elevação espiritual. Fizeram-no, desde sempre, através dos Mitos. A Mitologia dos povos antigos são riquíssimas fontes de ensino simbólico em que gerações sucederam-se no aprendizado sofisticado dos Mistérios.
Um dos pontos mais preciosos do ensino atemporal que vem sendo ministrado para os homens em geral é o dom sagrado da CONFIANÇA.
Muito mais relevante do que a fé religiosa, a crença pela crença, a fé raciocinada (como dizia Kardec), ou a meditação, manter uma postura mental de confiança no todo universal é o mecanismo para a conquista da Paz e da Serenidade. Na verdade, tenho para mim que a essência da fé ou da meditação é (ou deveria ser) a confiança em Deus --- Deus, aqui, tomado na acepção do Todo Universal, ao mesmo tempo Criador e Criação --- o Logos.
A valoração da conduta traz ao homem a noção das consequências que advêm de sua tomada de decisões. O homem não tem como ascender de um salto à angelitude. Portanto, deve se ater (com absoluta sinceridade consigo mesmo) à boa-vontade, à indulgência e ao perdão (no ensinamento preciosíssimo que está em O Livro dos Espíritos - Kardec - na diamantina conceituação de "caridade"), deixando que os equívocos e desagrados do caminho fiquem à conta do custo normal da evolução --- eis aí a CONFIANÇA.
Não deixemos que o desespero, a depressão, a ira, a inveja, enfim nada que já entendemos ser contra-evolutivo nos atrapalhe a senda.
CONFIEMOS!
O imenso acervo de instintos é um tesouro inestimável do ser, mas na fase de consciência contínua, com a clara noção de individualidade, o livre-arbítrio relativo do ser o põe à frente de decisões e, por extensão, nasce a valoração da conduta.
Ainda em meio às tormentas que os fluxos energéticos do corpo espiritual induz como hormônios no corpo físico, o animal passa a cogitar de si e do que o senso progressivo de valoração lhe traz. Não é fácil, pois, ao ser equilibrar-se nessa efervescência.
Não por outra razão, desde a mais profunda antiguidade (da história humana) os Mestres vêm ensinando os valores magnos da Alma, os parâmetros seguros da elevação espiritual. Fizeram-no, desde sempre, através dos Mitos. A Mitologia dos povos antigos são riquíssimas fontes de ensino simbólico em que gerações sucederam-se no aprendizado sofisticado dos Mistérios.
Um dos pontos mais preciosos do ensino atemporal que vem sendo ministrado para os homens em geral é o dom sagrado da CONFIANÇA.
Muito mais relevante do que a fé religiosa, a crença pela crença, a fé raciocinada (como dizia Kardec), ou a meditação, manter uma postura mental de confiança no todo universal é o mecanismo para a conquista da Paz e da Serenidade. Na verdade, tenho para mim que a essência da fé ou da meditação é (ou deveria ser) a confiança em Deus --- Deus, aqui, tomado na acepção do Todo Universal, ao mesmo tempo Criador e Criação --- o Logos.
A valoração da conduta traz ao homem a noção das consequências que advêm de sua tomada de decisões. O homem não tem como ascender de um salto à angelitude. Portanto, deve se ater (com absoluta sinceridade consigo mesmo) à boa-vontade, à indulgência e ao perdão (no ensinamento preciosíssimo que está em O Livro dos Espíritos - Kardec - na diamantina conceituação de "caridade"), deixando que os equívocos e desagrados do caminho fiquem à conta do custo normal da evolução --- eis aí a CONFIANÇA.
Não deixemos que o desespero, a depressão, a ira, a inveja, enfim nada que já entendemos ser contra-evolutivo nos atrapalhe a senda.
CONFIEMOS!
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
12 de outubro de 2010
Em 12 de outubro comemoramoss o "Dia das Crianças". Por si só, é um dia muito especial!
Assim o digo, além dos motivos óbvios, porque somos nós Espíritos que ainda se embalam na infância da Consciência Cósmica. Há mesmo uma criança dentro de cada um de nós...
Em nosso belo idioma, nada tem mais propriedade e perfeição do que a rima "criança" e "esperança".
Basta o sorriso e o abraço de nossos pequenos e preciosíssimos filhos para que a magia irrestível do Carinho transmute, na Alquimia do Amor, todos os momentos ásperos da luta diária na certeza inquebrantável de que tudo, sempre e sempre, vale a pena!
Até mesmo os debates filosóficos, quanto mais profundos, ainda mais irrelevantes se tornam quando a Ternura invade-nos o coração ao sorriso de uma criança...
Um abraço a todos vocês, meus Amigos!
Que a Vida sempre e sempre traga a cada um de vocês as diamantinas oportunidades de ascensão à Luz!
Um beijo de Amor em cada filho, cada sobrinho, cada neto, primo, enfim, em cada criança que esteja na Vida de vocês!
Assim o digo, além dos motivos óbvios, porque somos nós Espíritos que ainda se embalam na infância da Consciência Cósmica. Há mesmo uma criança dentro de cada um de nós...
Em nosso belo idioma, nada tem mais propriedade e perfeição do que a rima "criança" e "esperança".
Basta o sorriso e o abraço de nossos pequenos e preciosíssimos filhos para que a magia irrestível do Carinho transmute, na Alquimia do Amor, todos os momentos ásperos da luta diária na certeza inquebrantável de que tudo, sempre e sempre, vale a pena!
Até mesmo os debates filosóficos, quanto mais profundos, ainda mais irrelevantes se tornam quando a Ternura invade-nos o coração ao sorriso de uma criança...
Um abraço a todos vocês, meus Amigos!
Que a Vida sempre e sempre traga a cada um de vocês as diamantinas oportunidades de ascensão à Luz!
Um beijo de Amor em cada filho, cada sobrinho, cada neto, primo, enfim, em cada criança que esteja na Vida de vocês!