Estudos

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Criações Fluídicas

Vale repisar o quanto exposto na Revista Espírita:

Revista Espírita 1865 » Maio » Sobre as criações fluídicas
(Sociedade de Paris, 14 de outubro de 1864)
(Médium, Sr. Delanne)

Eu disse algumas breves palavras sobre os grandes mensageiros enviados entre vós para realizar sua missão de progresso intelectual e moral em vosso globo.

Se, nessa ordem, o movimento se desenvolve e toma proporções que notais a cada dia, um outro se realiza, não só no mundo dos Espíritos que deixaram a matéria, mas também importante na ordem material. Quero referir-me às leis de depuração fluídica.

O homem não só deve elevar sua alma pela prática da virtude, mas deve também depurar a matéria. Cada indústria fornece seu contingente a esse trabalho, porque cada uma delas produz misturas de toda espécie. Essas espécies liberam fluidos que, mais depurados, vão juntar-se na atmosfera a fluidos similares, que se tornam úteis às manifestações dos Espíritos de que faláveis há pouco.

Sim, os objetos procriados instantaneamente pela vontade, que é o mais rico dom do Espírito, são colhidos nos fluidos semimateriais, análogos à constituição semimaterial do corpo chamado perispírito, dos habitantes da erraticidade. Eis por que, com esses elementos, eles podem criar objetos, conforme o seu desejo.

O mundo dos invisíveis é como o vosso. Em vez de ser material e grosseiro, ele é fluídico, etéreo, da natureza do perispírito, que é o verdadeiro corpo do Espírito, haurido nesses meios moleculares, como o vosso se forma de coisas mais palpáveis, tangíveis, materiais.

O mundo dos Espíritos não é um reflexo do vosso; o vosso é que é uma imagem grosseira e muito imperfeita do reino de além-túmulo.

As relações desses dois mundos sempre existiram, mas hoje é chegado o momento em que todas essas afinidades ser-vos-ão relevadas, demonstradas e tornadas palpáveis.

Quando compreenderdes as leis das relações entre os seres fluídicos e aqueles que conheceis, a lei de Deus estará próxima de ser posta em execução, porque cada encarnado compreenderá sua imortalidade, e a partir de então ele se tornará não só um ardente trabalhador da grande causa, mas ainda um digno servidor de suas obras.

MESMER


Ainda assim, no meio espírita não são poucos os que negam a ideoplastia ambiente... Pretensamente, pregam uma "verdade" puríssima estrita à letra fria de Kardec, ainda que em contraposição à Revista Espírita, uma de suas maiores obras...

sexta-feira, 24 de maio de 2013

RESUMO da noção de individualidade

O espírito desce em espiral até o ponto mais baixo da manifestação da consciência. Atinge o plano das formas, a matéria física, pela necessidade de premiar todos os ciclos de involução com a máximo de individualidade possível de ser experimentado.

Na individualidade plena a consciência só pode ter noção de si mesma e do mundo que a cerca através da dualidade. Todo o Universo no plano físico só existe por equilíbrio de forças contrapostas. É o fenômeno mental do Criador suprindo a necessidade evolutiva das centelhas que vivenciam experiências no plano das formas, sob inexcedível individualidade --- a condição humana.

A consciência contínua do homem atual e seu pretenso livre arbítrio é o limite da condição existencial ora reinante.

Retomar a ascensão em espiral importa na evolução em retorno à fonte única de todo fenômeno mental. O regresso ao Pai...

Nesse contexto, o homem necessita conquistar a noção de que a dualidade é --- apenas e tão-somente --- uma contingência existencial inafastável para a manifestação da Vida no plano das formas.

BEM e MAL não são forças opostas.

A SOMBRA se projeta tanto quanto maior for a LUZ defronte ao evolucionário.

A separação, a individualização, é a essência de todos os problemas... A união, a transcendência ao problema, é a plenitude que forja toda solução...

TRANSCENDER... Deixar de ser um para se tornar alguém em comunhão...

domingo, 12 de maio de 2013

Mães de verdade...

Por vezes já foi dito neste Blog, parafraseando Pascal, que a Natureza tem perfeições por ser a imagem de Deus e que tem imperfeições porque é apenas a imagem de Deus... Não serão poucas as pessoas que, por outro lado, vinculam a Natureza à imagem de uma Mãe. De fato, é a mãe geradora das formas de vida e provedora da evolução de cada uma delas. Mas, para isso, há também uma frase forte de Blavatsky... A Natureza é fria como uma tábua de mármore...

É preciso encarar com maturidade a nossa condição diante da Vida...

A ciência ortodoxa já avaliou que a Natureza não acalenta cada espécime com sua bondade e generosidade... Na verdade, preocupa-se como a espécie... Trocando em miúdos, pouco importa se esse ou aquele ser vai sobreviver, desde que a espécie sobreviva.

Nesse contexto, o meio ambiente prova, testa, experimenta e instiga cada espécie ao aperfeiçoamento, sob pena, pura e simplesmente, de extinção...

Não é diferente conosco.

Ainda assim, corroborando a máxima de que a Beleza é um atributo da evolução, há também muita poesia na Natureza.

Muito mais do que merecemos... Talvez por isso nos passe tão despercebida.

O zelo e carinho com que as mães em geral cuidam de seus filhotes é assustadoramente belo. O mais voraz predador lambe seus filhotes e deles cuida enquanto não estejam prontos para assumirem-se diante da Vida por si sós. Seja uma leoa, uma tigresa, uma orca, enfim...

Também aqui o ser humano desponta no contexto da Natureza como apenas mais um de seus filhos. 

Há mães e mães... Algumas abandonam seus filhotes à própria sorte... Felinos e caninos também fazem isso às vezes... Muitos já viram cachorras que adotam gatinhos abandonados... Ficou famoso o caso de tigresa que passou a amamentar porquinhos...

Curioso, não é mesmo?

A Natureza nos dá conta de que MÃE, mãe mesmo de verdade, é de fato quem cria, quem ama, quem cuida...

Por isso gosto muito de pensar que a tábua de mármore fria da Natureza é, na verdade, apenas uma trilha lisa e bem definida do caminho a percorrer...

As MÃES são aquelas que, tocando-se do impulso inato com que o Pai Eterno acaricia tão especiais seres de sua criação, não se importam com a espécie e simplesmente exercem a Força que move a Vida de todo o Universo: o AMOR...

A todas as MÃES, minha humilde e sincera homenagem...