Estudos

domingo, 27 de setembro de 2015

Egoísmo no dia-a-dia...

No transcorrer da vida comum, no esforço diário e máxime nos círculos mais próximos de relações, quais sejam, o trabalho e família, vêem-se miríades de arrebatamentos egoísticos que beiram à psicopatologia, ao menos do ponto de vista espiritual.

Já foi por demais destacado neste Blog que é no plano das formas que o ser atinge o ponto máximo de sua restrição individual, apartando-se do todo, sob o domínio de suas percepções limitadíssimas. Para tanto tem um instrumento tão valioso quanto assustador: um cérebro físico. Um imenso emaranhado de sinapses que atuam como portas lógicas de um chip funcionando sob álgebra booleana. Como sabemos, é muito mais que isso. Mas é uma estrutura física. De matéria.

Imerso nesse enredamento material, o ser evolucionário se mantém, em grande parte das vezes, tão somente na percepção imediatista de que dispõe. Termina crendo que tudo o que existe é o plano das formas. Não demora e passa a achar que tudo o que interessa é ele mesmo, seus interesses mais íntimos, suas vontades, seus impulsos etc.

Tudo o mais são excrescências para essa mente doentia.

É natural que o ser passe por tal afunilamento consciencial. Anormal é que se demore muito além do necessário em tal postura animalesca.

Enfim, sem o intuito de julgar mas cônscio de que devemos procurar entender o mundo que habitamos, percebo que há humanos com bom nível de inteligência mas ainda presos em imediatismos sensoriais de toda sorte. Isso inclui a tentativa de estabelecer autossuficiência emocional, uma autêntica síndrome de egocentrismo deserdado de qualquer suporte prático no dia-a-dia.

Pessoas assim passam a imaginar que outros existem apenas para propiciar o que eles próprios desejam. O ser se torna um desalentado egoísta principesco que busca insistentemente sua corte de subalternos que têm o "privilégio" de servi-lo.

Muito cuidado devem ter todos os espiritualistas --- como, de resto, todos os pais conscientes de sua responsabilidade --- para evitar que seus amados filhos, a pouco e pouco, ingressem nessa senda de amor próprio exacerbado e deformado.

O egoísmo, como se costuma dizer, faz sujeito limitar-se ao espaço entre seu umbigo e seu nariz. Como bem se conhece, o antônimo de egoísmo é altruísmo. Quando o ser passa a dar --- ao menos em igual dose --- a mesma importância a outrem, não pensando apenas em si mesmo, terá dado um passo tão importante quanto exigível para todo e qualquer evolucionário que habita este orbe.


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A INFLUÊNCIA DO LIVRE ARBÍTRIO NA ASCENSÃO

A influência do livre arbítrio de cada um no aperfeiçoamento de si mesmo não pode ser abstraída. Há uma tendência em tomar-se a Natureza, ante seus mecanismos surpreendentes e sob minudente sincronismo desde o micro até o macrocosmo, como um moto-contínuo alheio à consciência de cada evolucionário. Mas isso equivaleria a reduzir a essência pensante do ser a um mero cosmético no contexto mecanicista com que a concepção cartesiana insiste em se insinuar na objetividade ocidental.


Sim, sem dúvida, há imensos sistemas evolucionários entrelaçados, cada qual fluindo na perfeição do todo. Mas não é senão a mente o instrumento mais importante de cada consciência em aperfeiçoamento. Isso implica no uso racional da vontade.

Imaginemos duas rochas de granito. Têm sua rugosidade excessiva sobre toda a superfície. Aplica-se numa delas uma lixa fina, sob pressão não muito grande, de pouca variação mas de modo constante. Eis aí --- salvo as exceções que só contingências cármicas podem explicar --- uma imagem da influência do meio, das circunstâncias de vida, no ser em particular.

Já na outra rocha, além da pressão dessa lixa mais fina, aqui e ali é pressionada uma lixa de abrasividade muito maior. Aplicada com vigor, rebaixa as imperfeições com maior eficiência, reduzindo-as a rugosidades que, finalmente, demandam mais tempo e até uma lixa menos rude. Temos agora uma parca porém válida imagem da boa vontade do indivíduo em corrigir suas naturais excrescências, suas rudezas, reduzindo-as a veios mais delicados e que demandarão, de toda sorte, uma ação mais longa e mais sutil.

Se apenas as circunstâncias do viver atuarem no ser, ainda assim, leve o tempo que levar, sejam quantas forem as reentradas no plano das formas, ocorrerá o polimento inevitável. Mas cada ação voluntária no aperfeiçoamento de si mesmo garantirá a esse ser um avanço de inegável eficiência no próprio melhoramento.

A sutil diferença que leva uma pessoa a demorar-se mais pela ação do tempo, com apequenado elemento volitivo, é muito difícil de ser elucidada. Demandaria o exame de toda a sua história pretérita desde o alcance da consciência contínua. Tarefa impossível para nós em relação a nós mesmos, e em relação a quem quer que seja.

O fato é que, como resultante de todas as (quase) infinitas variáveis da existência do ser, põe-se mais desta ou daquela forma. Na maioria das vezes, a vontade de melhoria interior está presente, seja manifesta ou não. Ademais, em uma mesma humanidade existem seres de variáveis condições. É da Natureza que seja assim. Entre o mais espiritualizado homem e o mais rude irmão de jornada, há enormes diferenças. Mas eles convivem, bastas vezes, em sociedades humanas complexas, uns funcionando em amparo, exemplo, auxílio e até para tormento de outros.

Uma pessoa de amoralidade abjeta, capaz das mais hedionda violência, faz parte do mesmo contexto evolutivo em que surge um Mahatma Gandhi.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Dona Pilar


Con un capotillo ligao a la cintura 





Con un capotillo ligao a la cintura 
muchas ilusiones sin necesidad 
por la carretera se ve un chavalillo 
que deja su casa Triana y su hogar. 
Un gran broche de rubies 
vifrgencita sevillana 
yo he de poner en tu manto 
si soy torero de fama 
y con ansias yo te pido 
que feliz me hagas volver 
pa decirle a mi serrana 
soy torero de cartel. 
Pepe Romero, el querer de una morena 
tu cariño se llevo 
Pepe Romero, la mocita que tu quieres 
ha de ser tu perdicion, 
Pepe Romero 
que la virgen te acompañe 
pa que seas buen torero, 
que matan mas que los toros 
quereres que hay traicioneros, 
Aaay, Pepe Romero. 

La plaza parece un ascua de oro 
porque aquella tarde torea el chaval 
y es tanta la fama 
que le dio Sevilla 
que acude a la plaza 
pa verlo torear.... 
El torero que con otro 
ve a la mujer que queria 
ofendido en su amor propio 
alli le deja la vida.... 
y mirandose la sangre 
con la fiebre se creyo 
que era el broche de rubies 
que a la virgen le ofreció. 

Pepe Romero 
el querer de una morena tu alegria se llevo 
Pepe Romero 
la mocita que querias otro hombre se quitó, 
Pepe Romero 
a la virgen le pediste que te hiciera buen torero 
y no te ha matao un toro que fue un querer traicionero... 
Ayyyy, Pepe Romero. 


Dona Pilar libertou-se em 06/09/2015, às 04h33min. Depois de 16 meses de muita dor, 09 dos quais enfrentando muito sofrimento.