Estudos

quarta-feira, 10 de março de 2010

Jesus - Visão do rosacrucianismo de Heindel

Jesus e Cristo-Jesus


Para obter ligeiro vislumbre do grande Mistério do Gólgota e compreender a Missão de Cristo como fundador da Religião Universal do futuro, é necessário conhecer primeiramente a natureza exata dessa missão. Incidentalmente, conheceremos a natureza de Jeová, a cabeça das religiões de raça, como o Taoismo, Budismo, Induísmo, Judaísmo, etc., e a identidade do "Pai", a quem Cristo, em tempo próprio, entregará o reino.

No credo cristão encontra-se esta sentença: "Jesus-Cristo, o unigênito Filho de Deus". Para a generalidade dos homens, estas palavras reportam-se a certa pessoa, aparecida na Palestina há uns dois mil anos, de Quem se fala como Jesus-Cristo, - um indivíduo somente, "o unigênito Filho de Deus".

É um grande erro. Nessa sentença são caracterizados três Seres bem distintos e diferentes. É de maior importância que o estudante compreenda claramente a natureza exata desses três Grandes e Exaltados Seres, enormemente diferentes em glória, mas que merecem nossa mais profunda e devotada adoração.

[...]

Cristo tem o poder de construir e funcionar num veículo tão inferior como o corpo de desejos, o veículo usado pelos Arcanjos, mas não pode descer mais. O significado disso será agora examinado.

Jesus pertence à nossa humanidade. Estudando o homem Jesus na Memória da Natureza, podemos segui-lo em suas vidas anteriores. Nelas viveu sob diversas circunstâncias, sob vários nomes, em diferentes encarnações, do mesmo modo que outro qualquer ser humano. Isto não sucede com o Ser Cristo. No Seu caso só pode encontrar-se uma única encarnação.

Todavia, não se imagine que Jesus tenha sido um indivíduo comum. Era de mente singularmente pura, muito superior à grande maioria da nossa presente humanidade. Esteve percorrendo o Caminho da Santidade através de muitas vidas, preparando-se para a maior honra que poderia ter recebido um ser humano.

Sua mãe, a Virgem Maria, era também da mais elevada pureza humana, por isso foi escolhida para ser a mãe de Jesus. O pai, José, era um elevado Iniciado, capaz de realizar o ato de fecundação como um sacramento, sem nenhum desejo ou paixão pessoal.

Em consequência, o formoso, puro e amoroso espírito conhecido pelo nome de Jesus de Nazaré veio ao mundo num corpo puro e sem paixões. Este corpo era o melhor, o mais perfeito que se podia produzir na Terra. A tarefa de Jesus nesta encarnação, era cuidar e desenvolver o seu corpo até o maior grau de eficiência possível para o grande propósito a que devia servir.

Jesus de Nazaré nasceu mais ou menos no tempo indicado pela História, e não no ano 105 antes de Cristo, conforme indicam algumas obras ocultistas. O nome Jesus era comum no Oriente. Um iniciado chamado Jesus viveu no ano 105 A.C. e obteve a iniciação egípcia. Não foi Jesus de Nazaré, com quem estamos a relacionar-nos.

[...]

Cristo não podia nascer num corpo denso. Não tendo nunca passado por uma evolução semelhante à do Período Terrestre, teria de adquirir, primeiramente, a capacidade de construir um corpo denso como o nosso. Porém, ainda que tivesse essa capacidade, seria inconveniente para um Ser tão elevado empregar energia na construção do corpo durante a vida ante-natal, a infância, a juventude, e levá-lo até a maturidade indispensável.

Ele deixara de empregar ordinariamente o Espírito Humano, o corpo mental e o de desejos, embora tivesse aprendido a construí-los no Período Solar e retivesse a capacidade de construí-los e de neles funcionar quando fosse necessário.

Cristo usou todos esses veículos próprios e só tomou de Jesus os corpos vital e denso. Quando Jesus atingiu trinta anos de idade, Cristo penetrou nesses corpos e empregou-os até o final de Sua Missão, no Gólgota. Depois da destruição do corpo denso, Cristo apareceu entre os discípulos em corpo vital, no qual funcionou ainda durante algum tempo. O corpo vital é o veículo que Ele empregará quando aparecer novamente. Nunca tomará outro corpo denso.

[...]

[Conceito Rosacruz do Cosmos - Max Heindel]

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