O conceito em si de Mal é relativo. Uma circunstância muitas vezes pode aparentar ser um mal, quando, na verdade, se conhecidos fossem a causa, o objetivo e o resultado definitivo, seria tida como um bem.
a experiência no Mal leva ao Bem --- circunstâncias tidas como males levam a um bem. Mesmo no que se refere à livres opções do ser há fatos e circunstâncias de aprendizado pela experiência. Muitos são os aspectos da vida em que o aprendizado não se opera senão à conta do treinamento inafastável e o respectivo esforço e dedicação.
Muito do que é tido como mal é uma fase do desenvolvimento do ser. O que outrora era um bem, torna-se um mal, conforme o ser deixa a animalidade e adentra à noção de si conforme o seu grau de adiantamento.
Veja-se que Kardec identifica a causa de prevalecer no homem primitivo, conforme ganha mais responsabilidade por seu adiantamento, uma tendência ao mal.
Mas o homem é comumente mais sensível ao mal que ao bem; este lhe parece natural, ao passo que aquele mais o afeta. Nem por outra razão se explica, nos cultos primitivos, as cerimônias sempre mais numerosas em honra ao poder maléfico: o temor suplanta o reconhecimento.
(O Céu e o Inferno – fl. 117)
Nesse contexto, como tudo o mais, Deus criou o que NÓS chamamos "Mal"...
Muito bem comentado.Eu não gosto de associar o mal à figura de Deus. Não tem como ligar o mal com o Criador, que é só amor, sabedoria e misericórdia, porém estou de acordo com o comentado.Prefiro dizer que mesmo quando erramos, praticamos o mal; Deus na sua sabedoria e misericórdia infinitas, nos concede a oportunidade de aprendermos e evoluirmos, que é nosso objetivo maior.
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirLembra-se daquela sua hipótese - que ficamos de desenvolver mas no fim largou-se de lado - sobre o mal advir do Instinto de Conservação??
Pois é, é um bom enfoque sobre o assunto. Mas já que você é quem "tocou no assunto" ou seja, você é que aventou essa hipótese, vou deixar-lhe desenvolver essa linha de raciocínio.
A meu turno, gostaria de postular que o mal é "proveniente" de Deus, no sentido de que todas as ações protagonizadas pelos Espíritos Humanizados, são na verdade ações de Deus. Deus é que age, mas faz o ser humano pensar que ele é que está agindo.
LE Número 1: Que é Deus? R: A inteligência suprema, CAUSA PRIMEIRA DE TODAS AS COISAS ö
É muito fácil ilustrar isso com numerosos exemplos. Se alguém dá um tiro numa pessoa, e ocasiona a morte, ou deixa essa pessoa aleijada, é Deus quem está "agindo", ou seja, permitindo que o assassino atinja a pessoa, porque morrer ou ficar aleijada é a prova pela qual tem que passar essa pessoa, ou melhor, esse Espírito.
Assim, quando uma sociedade julga um criminoso, um pedófilo, ou um ladrão, ela está QUESTIONANDO a Justiça Divina. E, quando há o revide, ou seja, pagar o mal com o mal, o que há é uma REVOLTA contra Deus.
O que é a vingança? É uma revolta contra Deus. E é por isso que os Espíritos, sempre pontuaram a Allan Kardec que, uma das formas mais comuns dos Espíritos sucumbirem em suas provas, é FICAR RECLAMANDO das dores e dificuldades.
As queixas deixam entrever a revolta contra Deus, o questionamento da Justiça Divina, que provê os instrumentos para o cumprimento da prova de acordo com a necessidade daquele Espírito.
O mal não existe portanto, como encontramos em Allan Kardec: "os homens fazendo o mal, se punem uns aos outros", o que equivale a dizer que, uns e outros se constituem em instrumentos de provas, reciprocamente. Para mim esse é um dos mais admiráveis e elegantes aspectos da Justiça Divina.
Parafraseando o Anton, fiquemos atentos ao "muito citado, pouco lido e raramente compreendido Livro dos Espíritos".
Abçs,