Há quem entenda que a mente consciente (ou seja, um Espírito encarnado em estado de vigília física ordinária) é um personagem vivido pelo "eu superior" (ou "eu verdadeiro"): o Ego.
O Ego é elevado, assim, a uma categoria muito estranha: um falso ser, uma persona (máscara) que, embotando nosso ser verdadeiro, passa a comandá-lo e faz com que nosso "eu verdadeiro" se confunda com ele e pense ser ele... Estranho mesmo...
Há vídeos na internet que sugerem uma ideia ainda mais pitoresca. O Ego é como um narrador de jogo de futebol (nada menos que isso!); o seu "eu verdadeiro" é o telespectador --- ele ouve e vê o que o narrador diz e mostra. Como isso é assim o tempo todo desde que nascemos, terminamos achando que somos o narrador.
Essa tese mirabolante tem inúmeros defensores.
Ofereço a seguinte contradita.
Dizer que o Ego é um ser à parte, um personagem fictício engendrado que, inclusive, demanda contra a reconquista do "eu verdadeiro" é uma tese que considero, no mínimo, inverossímil... Claro que os companheiros defensores da tese do "Ego artificial" dirão que isso é o meu Ego que está dizendo...
O que de mim exala como resultante de minha bagagem e de todas as minhas circunstâncias é o que sou enquanto Ego, sim, mas é um aspecto instrínseco ao meu ser nos exatos contornos que a minha situação evolutiva permite nesse momento... Não existe um fantasma distanciado de mim... Sou eu mesmo...
Quando estiver em um nível de consciência que me permita recordar plenamente, digamos, umas cinco encarnações, não terei dúvidas em identificar diferenças entre o comportamento assumido em cada uma delas... Nem por isso terá deixado de ser o mesmo Espírito, com todas as peculiaridades, bagagem e circunstâncias a definirem padrões diversos de conduta.
Não é uma "tese mirabolante". Ela é respaldada por experiências históricas de vários místicos, mestres e gurus. Buda por exemplo, após a descoberta do "não-eu", admite que o problema do sofrimento está na personalidade.
ResponderExcluirO que é ela? A personalidade não é um outro "eu", uma outra entidade sobreexistindo ou coexistindo juntamente com o Eu Superior, numa espécie de combate.
A personalidade ou ego, é apenas um PROCESSO no qual, o Espírito revestindo uma roupagem material, irá, no processo reencarnatório, experienciar-se no afã de se auto-compreender.
Tudo é ilusão: e é! Todos os Espíritos têm que passar por várias experiências, como ser rico, pobre, feio, poderoso, inteligente, mas tudo isso tem como desiderato proceder a experiências, ou como dizem os Espíritos a Allan Kardec, "se não houvesse montanhas, o homem não saberia que se pode subir e descer".
Nessa tosca metáfora, o que os Espíritos dão a entender é que o Ser Real, não tem consciência do seu Eu Verdadeiro enquanto estiver mergulhado na ilusão, acreditando na ilusão.
O que engendra a roda do Samsara é o Espírito se identificar com o "não-eu" ou "não-ser". Em termos práticos, se alguém se desgosta de alguém, irá se reencarnar com essa pessoa. Se é racista, nascerá num corpo desse povo que persegue e condena, porque ele também é uma modalidade de expressão de Deus.
No meu entender, dessa forma, cabe ao Espírito identificar a UNIDADE em tudo o que existe, incluindo as diversificadas formas de manifestação e expressão humanas, pois que, a multiplicidade e a diversidade é apenas uma modalidade de apresentação da UNIDADE.
Assim, enquanto o Espírito Humanizado enxergar de forma compartimentada a realidade, ele estará iludido.
Assim também, compreende-se, enfim, que tudo é ilusão, uma vez que a função da personalidade é criar provas para o Espírito para que este, uma vez em contato com a ilusão, o irreal, aprenda a identificar o REAL, que é a sua própria existência, o EU, a única coisa que existe no universo, tudo o mais é ilusão.
Olá Marco,
ResponderExcluirMe desculpe, sei que o texto ficou confuso, mas é que, realmente, eu não consegui me expressar da forma que queria.
No trecho em que falo da Diversidade/Multiplicidade como modalidades de apresentação da Unidade, vamos encontrar em Kardec algo mais ou menos assim: "a criação consiste em dois eixos: Unidade-variedade".
Então, o que vem a ser a ilusão?? É enxergar os objetos que constituem a variedade como coisas distintas da Unidade. É isso que é a ilusão.
E, mais uma vez: ilusão não é inexistência, é APARÊNCIA. Relembremos - você que é um grande estudioso de Kardec - a questão no. 32, em que os Espíritos vão dizer que as cores, os sabores e os odores, só existem porque há sentidos específicos para captá-los, sentidos destinados a percebê-los.
O que equivale a dizer que, onde não exista esses sentidos, esses mesmos sabores, odores e cores, não existem.
Ora, olhe aí a ilusão! Se os sentidos são inerentes ao corpo e não ao Espírito, uma vez morto o corpo, mata-se os sentidos; não existindo mais os sentidos, logo aquelas cores, odores e sabores nunca existiram senão para aquele aparelho fisiológico que decoficava, para o Espírito, uma modalidade de apresentação da UNIDADE. Logo tudo não passara de ilusão; tudo não fora senão um aglomerado de fluido cósmico apresentando determinadas aparências captas pelos sentidos, e que o Espírito encarnado acreditara ser realidade.
Bom, a gente continua. Agora temos o fantástico blog do dim-dim, nos presenteando com novos autores - uma bênção!! agora finalmente podemos discutir à vontade... única maneira de não ser banido daquele bendito fórum rsrsrs (Estão pensando o que? Ser banido sucessivas vezes cansa também!! rs)
Como sabe, estou aprendendo essas coisas.
Logo logo, montarei um blog também para discutirmos essas coisas, pois sei que muitos debates restaram pendentes lá no fórum. Não o fiz ainda por preguiça, mas é que agora, com o dim-dim postando todos aqueles textos interessantes, tenho certeza que iremos todos nos aprofundar nesses estudos, retomar os nossos debates, dado que é grande a nossa fome de esclarecimento e conhecimento, a busca da nossa auto-compreensão enquanto Espíritos e não enquanto seres humanos, que é o que realmente interessa.
A ilusão existe em outros mundos também, incluindo essas paragens espirituais, chamadas cidades espirituais, em que, no dizer de Pai Joaquim, "a ilusão consistirá em um Espírito iludido estudando a ilusão de outro Espírito iludido; que mundo louco não?"
Vou ficando por aqui, e a gente continua o papo aqui ou lá no blog do dim-dim.
Um abraço!
Monstrinho
Olá, amigos!!
ResponderExcluirMarco e Renato, passai por aqui nas minhas visitas solitárias e lembrei-me de vos desejar boa noite e felicidades. Depois direi algo mais.
Adeus!!
Olá meus Amigos!!! Quem bom vê-los por aqui!
ResponderExcluirQuando o homem estuda o cérebro, sede da interpretação de todos os impulsos elétricos da percepção, o faz através da interpretação dos impulsos de seu próprio cérebro... Sim, analisa a realidade objetiva através de um holograma, um modelo e instrumento virtuais. As informações finais vão à sede sensiente, que é o Espírito. Sim, tudo é maya. Só não concebo que o Ego torne-se uma entidade com "vida" e instinto de conservação próprios... Ainda preciso meditar mais acerca deste ponto.
Outro ponto: o sonho (percepção de maya) de um sensiente interpenetra o dos outros sensientes... Esse enredamento me foge.
Olá, veja se isto ajuda a entender o que é o ego
ResponderExcluirE então, o que é a ilusão?? Como ela surge??
Há uma argumentação da Antropologia também acerca do conceito de ilusão. Como eu acho que construir um blog é uma forma de se apegar a idéias prefiro deixar os meus textos soltos aí pela internet. Foi assim no Cosmofórum, em que eu tinha 75% dos posts. É assim no Crepúsculo dos Pensadores e também foi assim no Fórum Espírita, além de outros fóruns como o Galáctica e o Astrofórum, ambos portugueses .
Bem, rapidamente, se é que querem dar continuidade a esse debate, a Antropologia postula que o homem é um animal simbólico. Equivale a dizer, que esse animal simbólico cria uma rede de significados a partir da criação e recriação da realidade, que consiste em uma representação simbólica de tudo o que existe, para que ele possa conferir sentido e inteligilibilidade ao mundo que o cerca.
A ciência é a instituição dominante (mito dominante) no que tange à trazer uma explicação para o que é a realidade. Mas os mitos e os modelos e paradigmas alternativos ou marginais também oferecem modelos explicativos sobre a "realidade". Exemplo: o "Monismo Idealista", defendido por Amit Goswami.
Portanto essa realidade não existe, ela não tem objetividade, uma vez que é criada socialmente a partir de um conjunto de valores, representações, conceitos, normas e símbolos. A isto é chamado Ideologia, que é passada da classe dominante para toda uma sociedade. A Ideologia dominante têm como função justificar o poder - justificar porque há pobres e ricos, sábios e ignorantes, fortes e fracos - ao tempo que cria valores dominantes a serem seguidos; cria conceitos de beleza, do que é bom ou mau e explicações "científicas" sobre o mundo exterior.
O ser humano ou Espírito Humanizado , acredita de tal forma na ideologia dominante - é essa ideologia que cria o ego - que podemos seguramente dizer, que o Ser Social (Ver a esse respeito "Ontologia do Ser Social", Georges Lúckacs, um dos mais grandiosos teóricos da Sociologia Marxista), vive mergulhado numa espécie de Panteísmo Social.
E, enquanto ele está mergulhado nesse panteísmo social, sua vida só tem sentido a partir dessa teia de significados e representações simbólicas do real, em que o indivíduo se reconhece enquanto um "eu" (o ego), que é construído socialmente a partir da alteridade - "amados irmãos estudantes" - ou seja, a partir do outro .
O ego, é portanto, criado pela Ideologia Dominante, que não é senão a ideologia da classe dominante. Como argumentou o Osho, a sociedade cria o ego em você afim de que ela possa, controlá-lo e manipulá-lo, a fim de que você não se torne um problema para ela.
Bom, se quiserem, podem chamar essa realidade criada e representada simbolicamente de ILUSÕES, e o ego, o ser social que vive dentro desse Panteísmo Social, sem a mínima consciência da sua verdadeira essência, o EU SOU!
E mais ainda: uma elucubração antropológica sobre Física Qûantica e Filosofia Orintal
ResponderExcluirSe todo conhecimento que o ser humano tem da realidade é simbólico, ou seja, conceitual, e se tudo são representações simbólicas do real, logo o OBJETO não existe, ou seja, ele é uma ILUSÃO.
Porque, se o imaginário e o simbólico parte do interior - interior esse que eu falo é o EGO - para o exterior, logo tudo o que existe é uma "auto-projeção" do SUJEITO, logo, todo universo exterior é uma ILUSÃO, pois que, se o sujeito está emitindo, a partir de uma construção simbólica elaborada socialmente, uma representação sobre o que é a realidade, logo, tudo o que existe, existe dentro da mente.
Logo, só o sujeito é que existe, o objeto, é uma auto-projeção das ILUSÕES DO SUJEITO. O que equivale a dizer que tudo o que existe, existe dentro da mente (Zen-budismo)
Pois, isto não está de acordo com o Zen-budismo??
No conto em que os monges conversam: "o vento é ar em movimento", "não!", diz o outro, "a mente é que está em movimento".
Logo, o objeto não existe, o que existe é somente o sujeito que constrói uma representação, uma idéia, um conceito do que seja o objeto, e portanto, só o sujeito existe.
Mas aqui estamos falando do ego, ou, de outro modo, a saber que o ego não é capaz de CONHECER.
Ah, aqui http://meeu.informe.com/duas-interpretan-nies-a-respeito-do-ego-dt357.html
ResponderExcluirhá um post sobre um sub-capítulo do livro do Campbell, discorrendo sobre a concepção do ego no oriente e no ocidente, e também como Buda chegou à descoberta do não-eu ou não-ser.
Espero que contribua para projetar um pouco mais de luz sobre essa questão.
Muito interessante... Traz muito o que pensar e, como dizia Raulzito e Marcelo Nova, "balança as estruturas".
ResponderExcluirPor favor, traga o que julgar interessante.
Renato, o que você acha, DENTRO DESSE CONTEXTO, das seguintes propostas:
1. O Espírito NECESSITA de órgãos materiais para manifestar a inteligência.
2. Na restrição da matéria o ser alcança a sua máxima individualidade.
3. O que aprendemos a chamar "Mal" é o que nos ajusta --- desprendimento do plano das ilusões
[É que eu não tenho cerimônias em pedir a colaboração de quem gosta de pensar!]
Dim-Dim, você também! Por favor, a casa é nossa.
Marco, eu acho que o ego é uma espécie de "casca", ele é uma roupagem intelecto-moral-cultural com que a sociedade nos veste e faz de nós animais simbólicos e Seres Sociais.
ResponderExcluirO ego é a mente com todas as memórias...
ResponderExcluirEu sei lá o que é esse bendito ego!! rsrsrs
ResponderExcluirPoxa! Eu tinha escrito uma resposta aqui, mas depois que tive que clicar em "comentar oomo", e então fiz o login, tudo desapareceu.
Bom, vou tentar escrever tudo de novo.
Nesse contexto antropológico que eu delineei rapidamente, talvez poderíamos entender o ego, não como uma "outra individualidade" em luta com a "individualidade real", que é o EU SOU - me parece que essa é a dúvida do Marco.
Poderíamos entender o ego como a formação da personalidade pela sociedade. Lembro-me, então, do radicalismo-realista da nossa profa. de Sociologia, que foi aluna do Fernando Henrique Cardoso, quando ela nos dizia: "a sociedade já diz quem você vai ser antes de você nascer". E não é verdade? Acaso fomos nós que escolhemos nosso nome? Não! Foi a sociedade que decidiu:
1- O nosso nome
2- A nossa profissão
3- A nossa religião
Tudo...
Então, o ego é uma coisa material. Ele é um conjunto de crenças, valores, representações, normas que nos são ensinados socialmente, e, o pior de tudo, nós temos esse conjunto de crenças como verdades.
Ora, esse conjunto de valores, normas, crenças, leis é um processo histórico, ou seja, as leis - e você como advogado sabe disso - normas e valorEs sociais, são INSTITUCIONALIZADOS pelos COSTUMES (Allan Kardec).
Então, tudo na sociedade aparece ao indivíduo como como normal, legal, real, racional, porque quando ele nasceu, já encontrou tudo "pronto". O indivíduo nasce, olha para o mundo, e vê o mundo social como uma coisa natural. Até a Sociologia explicar, após meados do século XIX que focinho de porco não é tomada, todo mundo ficou levando choque, ao conceber por exemplo que a pobreza é uma coisa natural.
Como sabem, a Sociologia é uma ciência muito jovem. Ela nasceu no finalzinho do século XVIII e comecinho do século XIX. Antes disso não havia um conjunto de conhecimentos que questionava a realidade social. As pessoas viam o mal no mundo, e o atribuiam ao diabo.
Bem, essa é uma outra visão, porque talvez aquele longo e interminável debate sobre ilusões e o ego que houve no fórum esteja um pouco desgastado.
Mas esta, é só uma das abordagens possíveis.
"O ego são memórias". Não entendi muito bem isso.
Mas, de qualquer forma, me parece óbvio que o ego existe, e ele é esse conjunto de representações, normas, idéias, valores, etiquetas, tabus (que são tudo MEMÓRIAS)- pois isso vêm dos costumes e é passado de uma geração a outra historicamente - parecendo a mim portanto que o ego não é uma "outra individualidade", mas ele é uma máscara que oculta o verdadeiro eu.
Essa é uma visão da coisa. É uma opinião, não sei se faz sentido ou não.
Mas tentei contribuir. Como disse o Marco uma vez no fórum: "Vou arriscar-me num palpite", e no final do post concluiu: "pronto, arrisquei-me" rsrsrs.
É mais ou menos isso que eu tentei fazer aqui.
Tudo é ilusão!!
ResponderExcluirhttp://www.dhnet.org.br/w3/henrique/espiritualidade/salomao/eclesiastes.html
;)
Você percebeu exatamente o cerne de minhas dúvidas.
ResponderExcluirEssa visão que você coloca não me parece estranha. Pelo contrário, é harmônica com tudo o mais. Ter o Ego como a "persona" de que se reveste o ser encarnado, sob os limites de suas circunstâncias tanto individuais como introjetadas (sociais, família etc), parece-me perfeito. Mesmo o desencarnado, mantendo-se sob a persona, permanecerá no teatro de sua visão restrita.
Basta tentarmos atingir a hipnagogia consciente. O pensamento pula para lá e para cá como um cavalo chucro. Por que? Porque nós assim o fazemos, certamente por despreparo. Mas não creio que o Galvão Bueno esteja cavalgando...
Eu não concebo o Ego como uma entidade de campana, prestes a frustrar cada momento em que o "Eu" tente vir à tona...
Esse questionamento seu é importante, pois, apesar de já termos entendido conceitualmente qual é o papel e a função do ego, temos ainda que saber o que é exatamente esse bendito ego. É o "não-eu", chega á conclusão, Buda.
ResponderExcluirMas é verdade que nenhuma criança ou adolescente - que seja Jesus, Buda, o Coronel e Anton Kiudero, que segundo o amigo dim-dim vivem a sua última encarnação - conseguiu até hoje viver independente desse ego criado socialmente.
É impressionante que notar, que há de fato - se você leu o artigo do Campbell "As duas interpretações a respeito do ego - dois caminhos a serem seguidos: um deles é aperfeiçoar o ego ocidental, e assim, estaremos cada vez mais socializados, ou subsumidos nesse todo social panteísta, o que, do ponto de vista ocidental, não é outra coisa senão o próprio amadurecimento do ego, em sua plenitude.
De outro lado, as desilusões, decepções, contrariedades que podem surgir logo na infância ou na juventude, vão levar o indivíduo a questionar o ego, ou seja, aquele conjunto de normas, valores, crenças e representações sociais tidos como inquestionáveis e certos.
Quem sabe se não há um meio termo.
Ah, mudando de assunto, fiz um comentário num artigo do Gilson Freire, no blog do dim-dim. Quem quiser conferir http://dim-dim-universos.blogspot.com/p/gilson-freirebe-do-monismo.html?showComment=1301790858200
Se forem ubaldianos, não se ofendam com as críticas, porque eu peguei leve hehehheee
;)
E quem disse que existe reencarnações? As reencarnações só pertencem ao ego e à inconsciência do verdadeiro ser, o Eu.
ResponderExcluirNascimentos e mortes só existem para os egos. Para aquele que compreende isto, aqui e agora, sabe que nunca nasceu nem nunca morreu, porque isso não existe, é ilusão.
Bom, como estamos debatendo sobre a questão das ilusões, lembro de um detalhe em que você fica constantemente pontuando.
ResponderExcluirVocê, retomando o discurso dos filósofos naturais dos sécs. XVII e XVIII, como Galileu, Huygens, Newton e outros, mas principalmente Galileu, assevera que "a Natureza é o livro de Deus, e ele foi escrito em caracteres matemáticos".
Hehhehe. Sei que é muito bonito e aparentemente lógico esse raciocínio - eu mesmo o defendi quando fiz o meu mestrado -, mas a verdade é que a Matemática, enquanto construção simbólica do animal simbólico (Ser Humano ou Espírito Humanizado), é só uma ferramenta da razão para CRIAR e REPRESENTAR a REALIDADE SIMBÓLICA.
Aliás, esse é o fundamento básico da Antropologia: não existe nenhuma realidade objetiva. O mundo tal qual nós o entendemos, tal qual nós o exploramos e o compreendemos, é um mundo CRIADO PELA RAZÃO.
Um MUNDO OBJETIVO, seria um mundo em que não houvesse seres pensantes, ou seja, seres simbólicos. Ou ainda, seria como existir na Terra apenas animais, mas não o homem. Aí sim existiria uma realidade objetiva.
Mas, a partir do momento em que a razão simbólica oonstrói conceitos e reprentações para tornar o mundo inteligível, e também tornar inteligível as próprias relações sociais e de poder, o que existe é um mundo "feito à imagem e semelhança da razão" (Bachelard).
Não existe nenhuma matemática "objetiva", pairando no ar, como se Deus fosse um geômetra. Não! O homem é que criou o Deus-geômetra à sua imagem e semelhança.
É como você pegar a poderosa argumentação racional-lógica da teologia de Tomás de Aquino. É formidável a argumentação dele em prol da existência de Deus, mas ainda assim, não deixa de ser um Deus fictício, criado pela razão, criado à imagem e semelhança da razão.
continua...
Donde cabe concluir que, o animal simbólico, em apenas construindo representações, conceitos e idéias sobre a realidade, e portanto criando e recriando uma REALIDADE SIMBÓLICA, todas essas representações são ILUSÓRIAS, mesmo porque elas são recriadas de tempos em tempos.
ResponderExcluirÉ assim que, numa época a Terra era plana; noutra ela era o centro do universo, e hoje sabe-se que existe mais matéria nos espaços inter-galáticos do que nos centros massivos de aglomerados e superaglomerados de galáxias.
Tudo é ilusão! Como acabar com ela? --> Parando de construir representações sobre a realidade. Exemplos: "uma estrela é uma usina de hidrogênio que converte hidrogênio em hélio e isto é que faz gerar a luminosidade". Veja que esta é apenas uma representação simbólica do que é uma estrela. Quem garante que essa representação corresponda à realidade do "que é uma estrela"?
Dizer que as Plêiades estão no céu numa homenagem prestada por Zêus,que raptou Alcíone, uma das sete irmãs, filhas do rei Agenor, é uma representação simbólica tão convincente quanto dizer que as Plêiades são um grupo de estrelas jovens na faixa de 100 milhões de anos cuja cor branca, representa a grande quantidade de hidrogênio presente nessas estrelas, bem como os gases emanados são de temperatura elevadíssima.
Ninguém nunca viu uma gravidade, contudo, a razão simbólica diz que ela existe, e que "um corpo atrai outro na razão direta entre as massas e na razão inversa da distância que as separa (Newton, I. Princípios Matemáticos de Filosofia Natural).
Essa linguagem aí é a linguagemm de Deus ou ela foi construída pela razão humana?
Será que Newton leu o "Livro de Deus", ou seja a Natureza, e, em observando-a, descobriu a Lei de Gravitação Universal dos corpos?? Ora, se sim, isto é o mesmo que dizer que há uma realidade objetiva nesse "Livro de Deus".
Segundo Swami Vivekananda a gravidade esta na mente de Newton, e ao observar uma maçã caindo, ele a retirou da sua mente, e não que ela estava escrita em caracteres matemáticos na Natureza, antes, foi uma construção simbólica da razão, e que hoje já foi desbancada pela Teoria da Relatividade, que postula a gravidade como conseqüência da deformação do espaço-tempo pelos corpos massivos, como o Sol por exemplo.
Aliás, a Teoria da Relatividade não é senão só mais uma representação simbólica do que seja a gravidade.
Tudo o que é exterior ao Espírito é ilusório, e as representações simbólicas da realidade, operadas pelo pensamento, são todas construções simbólicas e ilusórias da razão humana.
Como dizíamos lá no fórum, "a alma não pensa". Parece absurdo dizer isso, mas vejamos: se a alma "pensasse", nos termos em que pensa o ser humanizado, ela não faria senão construir represntações, conceitos e idéias sobre Deus, o paraíso e as bem-aventuranças. Quer dizer, ela nunca teria o conhecimento de Deus, que aliás, é o caso do ser humano, que construiu e elaborou muitas teorias sobre o que e como é Deus, mas elas são todas fictícias.
dim-dim disse...
ResponderExcluirE quem disse que existe reencarnações? As reencarnações só pertencem ao ego e à inconsciência do verdadeiro ser, o Eu.
Nascimentos e mortes só existem para os egos. Para aquele que compreende isto, aqui e agora, sabe que nunca nasceu nem nunca morreu, porque isso não existe, é ilusão.
2 de abril de 2011 22:19
Rsrsrs. Eu ainda vou ficar bom nisso. Mas o que eu gostaria mesmo é de que essa fosse a minha última reencarnação.
Na Doutrina Espírita, se diz que, ainda que não tivéssemos mais que reencarnar aqui na Terra, nosso Espírito, agora misericordioso, se reencarnaria em estado de missão, para ajudar os que "amamos" e ficaram na retaguarda...
Tem lógica isso?? Esse é, pelo menos, o discurso do Emmanuel, em seus romances, em que Alcíone desce lá de um mundo feliz que orbita a estrela Sírius para auxiliar o padre Carlos Clenaghan, o grande amor da sua vida que está chafurdado no lodaçal dos prazeres, do ódio e das paixões aqui na Terra.
A estória é linda, leiam: "Renúncia", Chico/Emmanuel.
Não sei entretanto se é assim que as coisas se passam.
A morte é igual ao sono, e o sono só é inconsciente para o ego, o Eu continua consciente. Por isso, quanto mais te tornares consciente de ti mesmo durante o dia, sem nenhum momento de distração, com a continuação e persistência passas a estar consciente também durante o sono. Aí vês, sentes e sabes sem sombra de dúvida que és uma consciência que nunca nasceu nem nunca morreu, acabam-se as ilusões.Acaba-se a matéria...
ResponderExcluirO que é a ilusão?
ResponderExcluirhttp://desenvolvendoaconsciencia.blogspot.com/2008/02/o-que-iluso_24.html#comment-form
O que é o ego?
ResponderExcluirhttp://desenvolvendoaconsciencia.blogspot.com/2008/02/entre-o-ego-e-alma.html
O EGO nada tem de divino; o ego é simplesmente um conjunto - reiteramos - de valores positivos ou negativos; esses valores, ou agregados psíquicos, astrais, mentais, volitivos, etc., são os que em forma definida recebem o qualificativo de eus.. O ego é composto por uma infinidade de eus. Os eus são Legião
Representação de nosso eus ou defeitos psicológicos
Todos e cada um dos eus, que a criatura humana carrega, são eminentemente bestiais, selvagens, malignos, santimonial, criminosos, bêbedos, adúlteros, homossexuais, cínicos, fornicadores, hipócritas, ambicioso... são terríveis... são EUS.
O Eu da luxuria não se importa se o corpo está enfermo, agonizante ou que as faculdades sexuais estejam diminuídas ou esgotadas; ao eu da luxuria tudo que importa é se dar o gosto a todo custo e nada mais. A fornicação, a lascívia , a obscenidade, o erotismo degenerado, as aberrações sexuais, são precisamente SUA ORIGEM, seu alimento e por esse "alimento" luta desesperadamente.
A única coisa que deseja O EU da luxúria é fornicar, não se importando com mais nada. A fornicação é o alimento básico, fundamental, primordial, insubstituível do EGO e do eu da luxúria; mas, há algo que realmente surpreende: O eu da luxúria, NÃO É UM, não é uma luxuria em particular, o eu da luxúria são muitos, são uma legião dentro da legião.
A luxúria, apesar de seu conformação múltipla, é quem provê todo um caudal energético, uma grande quantidade de alimento para todos e para cada um do eus, não só fornicadores, mas para aqueles que aparentemente nada têm haver com o sexo.
O EU da luxúria alimenta através da fornicação tudo aquilo que é o EGO. O alimento primordial do ego é a fornicação.
Quando por motivos eminentemente físicos, pela idade ou pela enfermidade ou por falta de complemento sexual, a luxúria não pode ser satisfeita pela fornicação, é então que o ego sofre a coisa indizível. Sofre porque não recebeu seu alimento primordial, este alimento fundamental ao ego, que são as vibrações malignas emergentes da fornicação.
A fornicação científica e a fornicação "mística" são simplesmente FORNICAÇÃO, e toda fornicação serve como alimento ao maligno, ao ego. Há vezes que escutando nossas exposições, certos indivíduos, decidem, da noite para o dia, seguir nossos ensinamentos, chegam a difundir todo conhecimento transmitido e recebido por eles; mas, como o seus EGOs, necessitam de "seu alimento"; então reagem e procuram acomodação em um alguma filosofia ou seita religiosa que lhes AUTORIZE fornicar.
O Ego é multiforme, tem mil caras e mil máscaras. O Ego é às vezes rude, violento, cínico, cruel, impiedoso, ateu, comunista, etc., e outras vezes se mostram ser fino, educado, sincero, amoroso, crente, místico, etc.
O ego usa a máscara que mais lhe convier, sendo geralmente isso o que acontece com todos e cada um de seus componentes. O EU, de acordo com as circunstâncias, se mostra tal como é ou se esconde sob finas sutilezas.
O ego não é mas que um grupo de EUS, e esse grupo são milhares e milhares de eus.
Ver mais em: http://www.rosacruz.org.ar/broego.htm
dim-dim disse...
ResponderExcluirA morte é igual ao sono, e o sono só é inconsciente para o ego, o Eu continua consciente. Por isso, quanto mais te tornares consciente de ti mesmo durante o dia, sem nenhum momento de distração, com a continuação e persistência passas a estar consciente também durante o sono. Aí vês, sentes e sabes sem sombra de dúvida que és uma consciência que nunca nasceu nem nunca morreu, acabam-se as ilusões.Acaba-se a matéria...
2 de abril de 2011 22:49
E isto demora a acontecer?? tem que praticar ou é só "fazer calar o ego e esperar a voz de Deus falar em nós"?
Olá,
ResponderExcluirCAÇANDO E MATANDO O EGO. Esse texto me pareceu muito bom sobre o que é o ego e suas ciladas e artimanhas...
http://www.nossacasa.net/SHUNYA/default.asp?menu=466
Olá, venho dispor aos amigos esse texto sobre o que é o Zen, que eu já tinha lido algum tempo na internet e não mais o tinha encontrado.
ResponderExcluirhttp://www.nossacasa.net/SHUNYA/default.asp?menu=4
Aliás, esse sítio é muito bom!
Vários artigos sobre meditação e métodos
ResponderExcluirhttp://www.nossacasa.net/SHUNYA/default.asp?menu=1
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