Estudos

domingo, 13 de dezembro de 2020

Pandemia... Nova Ordem Mundial?

Tão antigo quanto o homem é o medo de tudo o que lhe possa trazer a extinção, seja individual, seja coletiva.
Vejamos.
A maneira como observamos pode fazer de um cilindro apenas um círculo, ou um retângulo. É preciso ver em perspectiva para perceber-lhe os exatos contornos.
Mas haverá gente estertorando cuidar-se de um círculo e apenas isso. Outros tantos bradarão que não passa de um retângulo. Alguns deixarão que o tempo mostre que é um cilindro.
Pois é, atualmente ocorre o que já teve vez sabe-se lá quantas vezes na História...
O homem vive uma pandemia.
O medo faz com que a turma do círculo grite que é o fim do mundo, inevitável, fatal.
O pessoal do retângulo reitera o Imperador que protegia as artes e perseguia cristãos. Avisa que há uma elite mundial falseando tudo a fim de destruir as estruturas vigentes do poder e se estabelecer como única coroa de poder absoluto.
E os pobres diabos do cilindro, comentam aqui e ali que, realmente, as pandemias existem desde sempre, umas maiores, outras com menos letalidade. A do século XIII dizimou, acredita-se, cerca de 200 milhões de pessoas. Ora, 200 milhões naquela época... Era mesmo o caos. Não é à toa que ficou conhecida como Peste Negra. Paralelamente, sem dúvida, não faltam os que se aproveitam desses períodos de morticínio coletivo para tirar toda sorte de vantagem. A Igreja já vendeu indulgências...
A única conclusão razoável disso tudo é que não devemos abraçar essa, aquela ou aqueloutra tese com fulgor de verdade absoluta revelada aos que, de algum modo, dotam-se de percepção extraordinária...
O Leviatã de Hobbes, elevado à enésima potência da Nova Ordem Mundial, deve ter dificuldade de discernir o ponto exato entre expoliar todos os ovos de ouro mas, de modo algum, matar a galinha que os bota...
Grande problema.
Todos têm, cada qual consigo, uma fração de razão, da verdade.
Equivale a dizer que todos têm seu quinhão de erro, de falsa percepção da realidade.
O mundo já esteve na alça de mira da destruição no imaginário da maioria inúmeras vezes.
Por volta do ano 1000 os escandinavos barbarizaram indefesos mosteiros nas ilhas britânicas. Muitos clérigos viram ali, encarnados, os agentes do Caos Absoluto.
Duvido que alguém que tenha vivido o auge da Peste Negra, principalmente na Europa, pudesse dormir em paz achando que era tudo "só" um processo natural, "só" um teatro manipulado ou "só" um contexto caótico ao descontrole total de quem fosse.
Mas não é isso?
Ora, trocadilhos à parte, talvez o que explique tantas "explicações" para esses cataclismas que se extendem no tempo seja o medo atávico de não existir explicação alguma.
Ao ser humano cabe a limitante constatação de que o caos, quando muito, é um fragmento da ordem universal imperceptível...



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