Estudos

sábado, 7 de novembro de 2015

ORIXÁS - CAMPOS VIBRACIONAIS CARACTERÍSTICOS - XANGÔ

Já se falou por aqui acerca dos Orixás: Orixás - Vibracoes - Emanacoes da Divindade

Agora, meditemos sobre as características de cada Orixá. Progressivamente, estudemos juntos cada um deles. Não pretendemos reeditar as miríades de estudos sérios e bem fundamentados que existem à disposição do leitor na internet. Tentaremos, apenas, agregar alguns aspectos.


XANGÔ

Nas mais variadas vertentes dos cultos de origem africana, sejam afro-brasileiros (como o Candomblé), seja na brasileiríssima Umbanda, Xangô é sempre vinculado à JUSTIÇA, tomada essa na acepção mais ampla. Os filhos de Xangô --- ou seja, todos os que sintonizam mais harmonicamente com o padrão vibratório desse Orixá, comungando da Egrégora dos que se afinam com o ideário da retidão, correção, honestidade, firmeza, rigidez --- embalam-se, em sua grande maioria, em atividades correlatas da sociedade humana.

Sempre bom lembrar que na Natureza há homogeneidades desde o micro até o macrocosmo, todas interpenetrando-se, de modo que não há uma tabuada onipotente que fixe o destino ou as atitudes de alguém tão só por ser filho deste ou daquele Orixá. No entanto, é, de fato, muito comum que sejam filhos de Xangô os juízes, advogados, servidores do Judiciário, enfim, a grande maiorida das pessoas que se inserem nas atividades que gravitam em torno da instituição Justiça.

O filho de Xangô sempre pensa no que é certo e errado, não admitindo, em geral, meios termos.

Esse é o aspecto mais vocacionado ao tom humano de Xangô. Mas, enquanto vibração, emanação da Divindade, isto é, enquanto Orixá, Xangô tem seu matiz intrínseco à Natureza em si (padrão Elohim), o que se traduz, no rico simbolismo da Umbanda, muito comumente na acepção de Xangô das Pedras.

Pedra, no sentido de rigidez. Porém não só rigidez: rigidez cristalina. De fato, o cristal é uma pedra de belíssima expressão. Ainda assim não é a beleza que mais importa aqui. Xangô é o reticulado cristalino, a depuração dos arranjos de força em equilíbrio absoluto que determina a formação das mais rígidas e geometricamente bem definidas estruturas da Natureza.


Em cima, como embaixo.

A Alma humana peregrina pela Vida aprendendo a ser reto, honesto, escorreito, com toda a rigidez que tais virtudes exigem. É um minério que se depura na conquista do espaço sob os mais estáveis posicionamentos geométricos de suas partículas essenciais.

Bem por isso as entregas (oferendas) a Xangô serem feitas comumente nas pedras de uma cachoeira. Diz um ponto cantado de Umbanda que Oxóssi é rei das matas, mas quem manda na pedreira é Xangô. Emanações do Criador se harmonizam. Canta-se, também, que mamãe Oxum foi colher lírios na cachoeira.

É preciso interpretar o riquíssimo simbolismo de Umbanda. Não será senão à conta de desconhecimento que adjetivações pejorativas serão lançadas ao belo panteão de Orixás da Umbanda.


Portanto, fica uma sugestão.

Não menospreze o que talvez pareça (sob uma primária, superficial e fragilíssima análise) primitivo. De primário nada tem. Quem tem olhos de ver, que veja. Quem não os tem, que se agarre às bengalas do preconceito.

CAÔ! CAÔ! MEU PAI XANGÔ!!!

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