quarta-feira, 4 de abril de 2012

Daniel Martinez Castilla - homenagem


Existem pessoas conhecidas em todo o mundo... Pessoas conhecidas em todo o país... Algumas são conhecidas em toda a região... E as que são conhecidas em uma cidade. Isso não tem vinculação alguma com a grandeza de alguém. 
Pessoas realmente valiosas são as que, tendo participado de sua vida, deixam sua marca como alguém que jamais será esquecido.

Em Caçapava/SP havia um homem chamado Daniel Martinez Castilla.

Fomos muito amigos enquanto jovens, numa época em que a vida parecia algo sempre e sempre interessante, divertido, desafiador. Uma época em que aprender era sinônimo de diversão. Comungamos de inúmeras gargalhadas, regadas com alguns chopps e reforçadas com vários sanduíches, numa mesinha de metal em frente a um trailler conhecido como Baitaburger.

Aprendi muito com ele.

Enquanto conversávamos os assuntos multiplicavam-se. O tempo passava e, sem nenhuma cerimônia, dedicávamos o mais puro desprezo a ele. Já em meio à madrugada, íamos como zumbis pelas ruas, falando, falando, sem parar... 

Por volta das 05h30min de 03 de abril de 2012, aquele rapaz dos anos oitenta faleceu inesperadamente. Ao que parece, foi um infarte fulminante. Já havia vários anos que não o via. Preferi não ir vê-lo agora. O Amigo Daniel foi ao outro plano. Eu sei que um dia voltaremos a rir, inclusive disso. Agora ele também sabe...


EsoEstudos - Estudos Esotéricos Livres
Marco Aurélio - Coré


3 comentários:

  1. Esse grande amigo, apesar do longo tempo em que estivemos distantes, foi companheiro cotidiano por anos e anos, sempre com muitas conversas e muitos risos... Juntamente com alguns outros mais próximos, éramos um grupo que se compreendia só pelo olhar. Sabíamos o que ia dentro do outro.

    De minha parte, sendo espiritualista, pude manter com ele interessantíssimos diálogos sobre o sentido da vida... Respeitava muito o ponto de vista dele e ele o meu... Líamos Sagan, Asimov, Maura Lopes Cansado... Ele chegou a ler alguns textos espiritualistas, mesmo não crendo... E eu absorvi muito da visão clara e precisa com que ele concebia a condição humana.

    Naqueles anos distantes não era ainda o ambientalista desses últimos tempos... Não pude conviver e conhecer esse aspecto de sua rica personalidade.

    Mas do que sei de sua alma, considero que tudo o que ele desejaria de mim nesse momento é que lhe desse a mesma sinceridade daqueles bons tempos em que estivemos no saudável convívio que só a mais verdadeira amizade permite.

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    1. Belas palavras Coré...Um grande amigo! E que bons tempos! Também partilhei daqueles sanduíches e de nossas longas conversas!

      Alexandre

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    2. Pois é... Éramos jovens risonhos e muito curiosos sobre quase tudo...

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