terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Ovóides - Perispírito

Existe uma grande plasticidade nos fluidos em geral. Com o perispírito, isso está de todo sedimentado tanto no ensino doutrinário como nas informações posteriores.

Assim, ter o corpo físico como réplica do perispírito, até onde percebo, significa que há uma correspondência entre um e outro. Mas o corpo denso (que também muda com o tempo e até mesmo com o temperamento da pessoa) é muito mais estático, não contando com a mobilidade dos fluidos em geral. Como o perispírito é fluídico, tenha o corpo físico a idade que tiver, o veículo espiritual continuará podendo sofrer modificações morfológicas.

Até porque um Espírito na erraticidade que tenha deformações decorrentes de sua mente perturbada tem, comumente (ao menos é o que se lê), na reencarnação o ensejo restaurador. Ora, a deformação não muda o que o Espírito é.

O comando de conformação do perispírito advém da mente (tanto que se deforma consoante a perturbação experimentada), mas a mente em si não se altera junto (ao menos não nesse sentido, estruturalmente).

Então, o ser, ao se encaminhar para o processo de reencarnação terá os comandos tão naturais quanto automáticos deflagrados para conformar o perispírito adequadamente ao vaso orgânico. Continuará sendo o perispírito que vai amoldar o corpo físico, sim, mas obedecendo ao comando do corpo mental, que o amolda consoante o que o ser conquistou em seu histórico de progresso anterior integralmente, e não apenas a partir de uma deformação oriunda de perturbação na experiência mais recente.

Seja ou não assim o processo, é o que se extrai de inúmeros livros que tratam do assunto. Não sei se a tese merece acolhida integral ou em parte. Não se trata da defesa de uma ideologia em detrimento de outra, ao menos eu acho que não.

O fenômeno do ovóides funda-se na tese do monoideísmo auto-hiponotizante, consoante a expressão cunhada por André Luiz. É apenas isso. O ser dirige o seu fluxo mental (o padrão de sua mente, seus pensamentos) para uma realidade cada vez mais egoística. Isso cria uma componente centrípeta, desvirtuando a expansão que o progresso e a evolução pressupõem.

O perispírito colapsa ante comandos repetitivos de uma mente perturbada que, na essência, mantém o seu aparelhamento dos evos anteriores de bagagem.

Toda essa fenomenologia não consta da Codificação, mas parte dos ensinos básicos dela. Não fazer parte não significa necessariamente ser contraditório. Fica por conta dos foros de verdade aceitar ou não a explicação que vários Espíritos dão acerca desse tipo de ocorrência, até mesmo no que pertine à sua existência ou não.

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