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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Dona Pilar


Con un capotillo ligao a la cintura 





Con un capotillo ligao a la cintura 
muchas ilusiones sin necesidad 
por la carretera se ve un chavalillo 
que deja su casa Triana y su hogar. 
Un gran broche de rubies 
vifrgencita sevillana 
yo he de poner en tu manto 
si soy torero de fama 
y con ansias yo te pido 
que feliz me hagas volver 
pa decirle a mi serrana 
soy torero de cartel. 
Pepe Romero, el querer de una morena 
tu cariño se llevo 
Pepe Romero, la mocita que tu quieres 
ha de ser tu perdicion, 
Pepe Romero 
que la virgen te acompañe 
pa que seas buen torero, 
que matan mas que los toros 
quereres que hay traicioneros, 
Aaay, Pepe Romero. 

La plaza parece un ascua de oro 
porque aquella tarde torea el chaval 
y es tanta la fama 
que le dio Sevilla 
que acude a la plaza 
pa verlo torear.... 
El torero que con otro 
ve a la mujer que queria 
ofendido en su amor propio 
alli le deja la vida.... 
y mirandose la sangre 
con la fiebre se creyo 
que era el broche de rubies 
que a la virgen le ofreció. 

Pepe Romero 
el querer de una morena tu alegria se llevo 
Pepe Romero 
la mocita que querias otro hombre se quitó, 
Pepe Romero 
a la virgen le pediste que te hiciera buen torero 
y no te ha matao un toro que fue un querer traicionero... 
Ayyyy, Pepe Romero. 


Dona Pilar libertou-se em 06/09/2015, às 04h33min. Depois de 16 meses de muita dor, 09 dos quais enfrentando muito sofrimento.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Meu pai retornou ao plano espiritual

No dia 19 de fevereiro de 2014, por volta da meia noite, meu pai, Gerson Barbosa da Silva, retornou ao plano espiritual. Sua partida se deu após paradas cardíacas resultantes de hemorragia gástrica. Tinha 85 anos.

Costumava chamá-lo de gran fascio ("grã facho"). Era um homem de inúmeros talentos. Músico (dos bons!), esmerilhava o clarinete entre fusas e semifusas. Desenhava, pintava, esculpia... Criava o tempo todo. Dono de uma imensa capacidade de aprender, tudo aprendeu sozinho. Por 32 anos esteve numa farda do exército, como sargento, orgulhoso de seu brevê de paraquedista.

Meu pai ensinou-me muitas coisas... Na verdade, muito mais do que qualquer um possa imaginar. Nem mesmo o mais próximo parente sequer pode imaginar como era a essência de minha relação com ele. Ninguém, ninguém mesmo...

Muitas foram as tardes de sábado que ficamos, apenas eu e ele, em nossa casa. Nesses momentos, tanto ele como eu, preferimos a companhia um do outro a qualquer conveniência. Só nós sabíamos os porquês...

Bastava um olhar. 

Não espero que ninguém mais entenda ou acredite no que digo. Basta-me saber que é verdade. Ele também sabe.

Hoje não me sinto poeta... Não me sinto escritor... Não me sinto nem um pouco afeito com a expressão de minhas emoções... Por isso estou me pondo assim, num colóquio simples mas sincero. Se alguém mais ler essas palavras, que o faça por sua própria conta e risco...

Meu pai me ensinou a ser pau de dar em doido.

Ensinou-me que devemos ser, não da linha dura, mas da linha RETA.

Ensinou-me que não importa o que os outros pensem, mas sim o que nós sabemos de nós mesmos. E o resto que se foda...

Ensinou-me que, por vezes, a vida nos encaminha para coisas que simplesmente devem ser feitas, mesmo que não gostemos.

Ensinou-me que ninguém vai nos prestar nenhum reconhecimento acerca dessas coisas...

Ensinou-me que, portanto, de nada adianta explicar porra nenhuma...

Ensinou-me que a palavra mais importante é nós; e que a menos importante é eu.

Ensinou-me que para se ter a paz é preciso estar pronto para a guerra.

Ensinou-me que a honra vale mais, muito mais do que o chororô de quem se compraz no divã das vítimas.

Ensinou-me que o silêncio é muito mais que uma prece e que é preciso muito mais coragem para calar do que para estertorar a histeria do desencanto.

Ensinou-me que as convicções pessoais, desde que honestas, sinceras e enraizadas na alma, valem mais do que o conforto da auto-corrupção com que a auto-piedade oculta mentiras e omissões.

Enfim, ensinou-me muitas coisas dessa vida, em meio a partidas de gamão, lições de música e várias concordâncias e discordâncias nas conversas que travamos, longe dos olhos e dos ouvidos de tantos que, hoje, imaginam algo saber...

Vai gran fascio... Um dia estaremos juntos de novo. Jogaremos uma partida de gamão e colocaremos o papo em dia. Para surpresa de tantos...

Estive com ele em seu leito na UTI. Por meia hora pude falar com meu velho. Cantei para ele a música com que, tantas vezes, fui acalentado para dormir quando bebê:

Cumprindo no espaço a missão dos condores

Valente e audaz não vacila um instante
Nas asas de prata ao roncar dos motores
Vai a sentinela da pátria distante


Chegado o momento descendo dos céus
Num salto gigante surgindo do anil
Vai ele planando no templo de Deus
Lutar em defesa do nosso Brasil


Paraquedista !
Guerreiro alado vai cumprir sua missão
Num salto audaz 
Vai conquistar do inimigo a posição


Paraquedista !
No entrechoque das razões sempre serás
O eterno herói 
Que no avanço da luta ninguém deterá


ATÉ BREVE!!!


domingo, 12 de maio de 2013

Mães de verdade...

Por vezes já foi dito neste Blog, parafraseando Pascal, que a Natureza tem perfeições por ser a imagem de Deus e que tem imperfeições porque é apenas a imagem de Deus... Não serão poucas as pessoas que, por outro lado, vinculam a Natureza à imagem de uma Mãe. De fato, é a mãe geradora das formas de vida e provedora da evolução de cada uma delas. Mas, para isso, há também uma frase forte de Blavatsky... A Natureza é fria como uma tábua de mármore...

É preciso encarar com maturidade a nossa condição diante da Vida...

A ciência ortodoxa já avaliou que a Natureza não acalenta cada espécime com sua bondade e generosidade... Na verdade, preocupa-se como a espécie... Trocando em miúdos, pouco importa se esse ou aquele ser vai sobreviver, desde que a espécie sobreviva.

Nesse contexto, o meio ambiente prova, testa, experimenta e instiga cada espécie ao aperfeiçoamento, sob pena, pura e simplesmente, de extinção...

Não é diferente conosco.

Ainda assim, corroborando a máxima de que a Beleza é um atributo da evolução, há também muita poesia na Natureza.

Muito mais do que merecemos... Talvez por isso nos passe tão despercebida.

O zelo e carinho com que as mães em geral cuidam de seus filhotes é assustadoramente belo. O mais voraz predador lambe seus filhotes e deles cuida enquanto não estejam prontos para assumirem-se diante da Vida por si sós. Seja uma leoa, uma tigresa, uma orca, enfim...

Também aqui o ser humano desponta no contexto da Natureza como apenas mais um de seus filhos. 

Há mães e mães... Algumas abandonam seus filhotes à própria sorte... Felinos e caninos também fazem isso às vezes... Muitos já viram cachorras que adotam gatinhos abandonados... Ficou famoso o caso de tigresa que passou a amamentar porquinhos...

Curioso, não é mesmo?

A Natureza nos dá conta de que MÃE, mãe mesmo de verdade, é de fato quem cria, quem ama, quem cuida...

Por isso gosto muito de pensar que a tábua de mármore fria da Natureza é, na verdade, apenas uma trilha lisa e bem definida do caminho a percorrer...

As MÃES são aquelas que, tocando-se do impulso inato com que o Pai Eterno acaricia tão especiais seres de sua criação, não se importam com a espécie e simplesmente exercem a Força que move a Vida de todo o Universo: o AMOR...

A todas as MÃES, minha humilde e sincera homenagem...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Daniel Martinez Castilla - homenagem


Existem pessoas conhecidas em todo o mundo... Pessoas conhecidas em todo o país... Algumas são conhecidas em toda a região... E as que são conhecidas em uma cidade. Isso não tem vinculação alguma com a grandeza de alguém. 
Pessoas realmente valiosas são as que, tendo participado de sua vida, deixam sua marca como alguém que jamais será esquecido.

Em Caçapava/SP havia um homem chamado Daniel Martinez Castilla.

Fomos muito amigos enquanto jovens, numa época em que a vida parecia algo sempre e sempre interessante, divertido, desafiador. Uma época em que aprender era sinônimo de diversão. Comungamos de inúmeras gargalhadas, regadas com alguns chopps e reforçadas com vários sanduíches, numa mesinha de metal em frente a um trailler conhecido como Baitaburger.

Aprendi muito com ele.

Enquanto conversávamos os assuntos multiplicavam-se. O tempo passava e, sem nenhuma cerimônia, dedicávamos o mais puro desprezo a ele. Já em meio à madrugada, íamos como zumbis pelas ruas, falando, falando, sem parar... 

Por volta das 05h30min de 03 de abril de 2012, aquele rapaz dos anos oitenta faleceu inesperadamente. Ao que parece, foi um infarte fulminante. Já havia vários anos que não o via. Preferi não ir vê-lo agora. O Amigo Daniel foi ao outro plano. Eu sei que um dia voltaremos a rir, inclusive disso. Agora ele também sabe...


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Marco Aurélio - Coré