Não vamos repetir tudo o que já dissemos sobre o esquema de evolução, as cadeias planetárias, a descida ao plano das formas etc. Tomemos, apenas, a fase final – no caso da nossa onda de vida – da descida ao plano físico. De se lembrar que – conquanto sempre e sempre mal explicado e compreendido – houve alguma coisa excepcional no momento do ingresso desta humanidade no plano denso.
Sim, alguma coisa excepcional. Em grande parte somos fruto de uma “rebelião” que, consoante os mais variados autores, já foi bastante associada ao nome “Lúcifer”.
Basta considerarmos que o ser humano da Terra adquiriu sua plena individualidade, com consciência contínua, digamos, com alguma precocidade. O que de fato aconteceu, a rigor, ninguém deste planeta sabe. Mas é muito provável que – seja por ação de alienígenas (annunakis etc), seja por ação de seres outros, de planos extrafísicos – o ser humano terrícola foi despertado em sua consciência antes da total maturidade que o estágio antecedente reclamava.
Será? Não sei. Mas acho mesmo muito provável que tenha sido assim.
Certas entidades, que vêm se comunicando desde muito tempo com os homens através de médiuns, canais de comunicação (como, hoje, gostam de mencionar) etc, costumam dizer que o homem é muito precioso no seio da Criação. O homem da Terra é visto com muito carinho e misericórdia, tendo ficado no ideário cristão, por exemplo, o caráter de extrema tolerância de Deus para com seus pupilos tirados do barro.
Novamente, já abordamos isso por aqui.
O que se pretende destacar, agora, é que, simetricamente a essa precocidade na descida ao plano das formas (concomitante, então, com a aquisição precoce da consciência contínua - em decorrência da máxima restrição individualizante), cada evolucionário se vê na contingência de galgar com redobrado esforço o percurso equivalente na retomada da senda ascendente.
O pêndulo descia e, perto do ponto mais baixo, sofreu uma aceleração indevida. Assim, passa pelo ponto inferior com maior velocidade e, inevitavelmente, inicia a subida também com maior velocidade.
Isso tem uma consequência ácida para o ser pensante. É que a capacidade de raciocínio - amplamente estimulada desde o início pelas dificuldades intrínsecas ao meio ambiente - desenvolve-se com ampla desenvoltura. O ser aprende rápido e obtém resultados que lhe trazem vantagens na luta diária. Isso faz o ser ganhar grande gosto por esta faculdade desabrochada com antecedência. O homem passa a pensar, cogitar, analisar e criar meios para sua vida. Vê como as coisas podem lhe ser mais fáceis assim ou daquela forma, nem sempre pondo na devida conta a legitimidade cosmoética das atitudes assumidas.
Literalmente, a humanidade é como uma imensa população de animais pensantes. Animais que, ainda imersos na sanha intensa dos impulsos básicos, navegando nos instintos, tiveram os olhos da razão abertos, pelo que a capacidade de agir conscientemente, no mais das vezes, traz motivações que em primeiríssimo plano visam a satisfação de suas próprias necessidades e, quase no mesmo patamar, de seus prazeres e tendências.
A legitimidade cosmoética da conduta, que - ao menos em tese - viria concomitantemente engendrada no desenvolvimento do ser (caso não tivesse ocorrido o prematuro ingresso no plano das formas), passou a ser um valor futuro a ser conquistado: o senso de dever.
Bem por isso Heindel nos fala que o livre-arbítrio será sucedido pelo senso de dever.
Os místicos não têm dúvida em dizer que o homem somente deve aventurar-se pela noção de verdades assim caso estejam no controle de seus instintos, não se permitindo deixar levar por nenhum dos pecados capitais. Situação bem rara. Por isso até hoje esses assuntos são tratados genericamente sob a denominação de Ocultismo, mesmo com o acesso amplo que existe atualmente a qualquer obra, autor ou assunto.
O rigor religioso, com tamanhas ameaças e terrorismo psicológico, não veio à Terra como uma simples deformação da cultura. Na verdade foi estruturado pelos que nos governam a evolução. Melhor estabelecer um sistema de grandes freios e restrições do que deixar a humanidade, livre e solta, ao sabor de seus apetites, alheios ao bem e ao mal.
Claro que um tempo em que inclusive esse sistema de frenagem entraria em colapso era previsível. Daí a retumbante noção de os tempos são chegados.
E são mesmo. Na atualidade o homem, em sua maioria, não se pela de medo por quase nada transcendente. Não tem medo de Deus nem do Diabo. Neles não crê essencialmente. Como que os tolera. Só deles retoma a noção diante de dores pessoais intensas, ou cataclismos devastadores.
Imagino que não falte razão a quem defenda, na letra religiosa, que se está separando o joio do trigo. Vivemos o autêntico fim dos tempos. O que deu para incutir de cosmoética, foi incutido. Quem pôde apreender e desenvolver dentro de si o senso de dever, assim já o fez. Os que falharam nesse quesito, sofrerão o ranger de dentes.
Não é por outra razão que quase a totalidade dos místicos continuem reiterando ensinamentos cheios de religiosidade. Explicar o porquê disso ou daquilo seria extremamente penoso e de pouca eficácia. Melhor simplesmente reiterar o Deus que nos exige amor e obediência.
Para falar a verdade, concordo com eles.
Creio que haja mesmo quem possa passar ao largo da religiosidade. Mas são muito poucos. Poucos demais. A grande maioria de nós ainda depende - muito! - dos valores religiosos, sob pena de só nos darmos conta de nossos desvios da cosmoética depois de muito comprometimento perante os semelhantes e a Vida.
Deus, tenha misericórdia de nós! São Miguel Arcanjo nos proteja! Que Maria Santíssima interceda por nós!
Não se preocupe. Os destinatários dessas invocações não se importam - nem um pouco - com a designação utilizada. Nós é que - no seio de nossas vaidades - ficamos com toscos melindres e preconceitos.
O que se pretende destacar, agora, é que, simetricamente a essa precocidade na descida ao plano das formas (concomitante, então, com a aquisição precoce da consciência contínua - em decorrência da máxima restrição individualizante), cada evolucionário se vê na contingência de galgar com redobrado esforço o percurso equivalente na retomada da senda ascendente.
O pêndulo descia e, perto do ponto mais baixo, sofreu uma aceleração indevida. Assim, passa pelo ponto inferior com maior velocidade e, inevitavelmente, inicia a subida também com maior velocidade.
Isso tem uma consequência ácida para o ser pensante. É que a capacidade de raciocínio - amplamente estimulada desde o início pelas dificuldades intrínsecas ao meio ambiente - desenvolve-se com ampla desenvoltura. O ser aprende rápido e obtém resultados que lhe trazem vantagens na luta diária. Isso faz o ser ganhar grande gosto por esta faculdade desabrochada com antecedência. O homem passa a pensar, cogitar, analisar e criar meios para sua vida. Vê como as coisas podem lhe ser mais fáceis assim ou daquela forma, nem sempre pondo na devida conta a legitimidade cosmoética das atitudes assumidas.
Literalmente, a humanidade é como uma imensa população de animais pensantes. Animais que, ainda imersos na sanha intensa dos impulsos básicos, navegando nos instintos, tiveram os olhos da razão abertos, pelo que a capacidade de agir conscientemente, no mais das vezes, traz motivações que em primeiríssimo plano visam a satisfação de suas próprias necessidades e, quase no mesmo patamar, de seus prazeres e tendências.
A legitimidade cosmoética da conduta, que - ao menos em tese - viria concomitantemente engendrada no desenvolvimento do ser (caso não tivesse ocorrido o prematuro ingresso no plano das formas), passou a ser um valor futuro a ser conquistado: o senso de dever.
Bem por isso Heindel nos fala que o livre-arbítrio será sucedido pelo senso de dever.
Os místicos não têm dúvida em dizer que o homem somente deve aventurar-se pela noção de verdades assim caso estejam no controle de seus instintos, não se permitindo deixar levar por nenhum dos pecados capitais. Situação bem rara. Por isso até hoje esses assuntos são tratados genericamente sob a denominação de Ocultismo, mesmo com o acesso amplo que existe atualmente a qualquer obra, autor ou assunto.
O rigor religioso, com tamanhas ameaças e terrorismo psicológico, não veio à Terra como uma simples deformação da cultura. Na verdade foi estruturado pelos que nos governam a evolução. Melhor estabelecer um sistema de grandes freios e restrições do que deixar a humanidade, livre e solta, ao sabor de seus apetites, alheios ao bem e ao mal.
Claro que um tempo em que inclusive esse sistema de frenagem entraria em colapso era previsível. Daí a retumbante noção de os tempos são chegados.
E são mesmo. Na atualidade o homem, em sua maioria, não se pela de medo por quase nada transcendente. Não tem medo de Deus nem do Diabo. Neles não crê essencialmente. Como que os tolera. Só deles retoma a noção diante de dores pessoais intensas, ou cataclismos devastadores.
Imagino que não falte razão a quem defenda, na letra religiosa, que se está separando o joio do trigo. Vivemos o autêntico fim dos tempos. O que deu para incutir de cosmoética, foi incutido. Quem pôde apreender e desenvolver dentro de si o senso de dever, assim já o fez. Os que falharam nesse quesito, sofrerão o ranger de dentes.
Não é por outra razão que quase a totalidade dos místicos continuem reiterando ensinamentos cheios de religiosidade. Explicar o porquê disso ou daquilo seria extremamente penoso e de pouca eficácia. Melhor simplesmente reiterar o Deus que nos exige amor e obediência.
Para falar a verdade, concordo com eles.
Creio que haja mesmo quem possa passar ao largo da religiosidade. Mas são muito poucos. Poucos demais. A grande maioria de nós ainda depende - muito! - dos valores religiosos, sob pena de só nos darmos conta de nossos desvios da cosmoética depois de muito comprometimento perante os semelhantes e a Vida.
Deus, tenha misericórdia de nós! São Miguel Arcanjo nos proteja! Que Maria Santíssima interceda por nós!
Não se preocupe. Os destinatários dessas invocações não se importam - nem um pouco - com a designação utilizada. Nós é que - no seio de nossas vaidades - ficamos com toscos melindres e preconceitos.