As
cadeias planetárias compõem um esquema para a compreensão da sequência
evolutiva desde a mônada até a conquista de estágios suprahumanos. Como todo
desenho esquemático, é apenas referência didática. Cada Orbe indicado tem
denominação meramente tradicional, sem preocupações terminológicas.
A
sequência em si deve ser entendida como cíclica. Cada Orbe situa-se dentro do
espectro vibracional do antecessor, assim como esferas concêntricas com raios
progressivamente menores. Os globos físicos – de matéria densa – constituem,
dentre outros aspectos, âncoras gravitacionais que sustentam os planos
sucessivamente mais etéreos.
Há
zonas de coincidência entre os diversos planos, áreas em que a Vida comunga
experiências essenciais de mais de um plano. Equivale a dizer que habitantes de
planos diferentes coexistem e mutuamente exercem influência, conquanto seja
mais fácil para os mais etéreos lançar sua interferência no pensamento do homem
comum. Isso ocorre tanto para o bem como para o mal, em submissão aos imperativos
do fenômeno da sintonia. Enquanto fenômeno vibratório, o pensamento
constitui-se de ondulações do meio fluídico que se habilita à veiculação
naquela faixa de freqüência. Assim, o ser emite seu tom fundamental e todos os
harmônicos decorrentes, a cada pensamento, atuando como autêntica antena
transceptora.
Se,
por um lado, é mais fácil a influência partir do habitante do plano etérico,
por outro lado o pensamento engendrado na intimidade de estruturas físicas é
exponencialmente mais grave, capaz de interagir até mesmo com a matéria física.
Ao contrário do que a maioria imagina, a submissão de um encarnado por um
desencarnado é mais difícil do que o contrário, pelo menos no que concerne ao
dispêndio de energia, isto é, à concentração do pensamento. Ocorre que a
influência em si é mais fácil de ser aplicada, repita-se, do plano etérico para
o físico, permanecendo desconhecido do encarnado o seu imenso potencial para,
com alguma disciplina, repelir o pensamento alheio. Curiosamente, situações há
em que o encarnado se põe em monoideísmo quanto a um ente querido que
desencarnou. A perturbação que isso causa no desencarnado é extrema, exatamente
porque veiculada no padrão grave da condição física. Assim se dá na maioria das
vezes em que a lamuriação se torna viciosa e se prolonga, só fazendo exceção os
poucos casos em que a disciplina mental do desencarnado permite-lhe isentar-se
da sintonia.
O
Orbe terrestre está no ponto mais baixo da materialidade. É na Terra que esta
humanidade atingiu o ponto de mais absoluta restrição e individualidade. Sendo
o ponto de máxima restrição física e individualidade, a cisão quase que se
estabelece em relação à essência espiritual. O homem comum jaz no plano físico
esquecido de sua natureza imaterial. Esse fenômeno acha-se esotericamente
descrito através do Mito da Queda.
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