quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Necessidade da Prece

Há um aspecto que merece ser considerado na busca do equilíbrio espiritual. Muito antes de pensarmos em criticar a religiosidade mais simples devemos bem avaliar se a pretensa condição de "esclarecido" basta à conquista do estado de isenção dos assédios espirituais perniciosos mais comuns. Isso porque, como sói acontecer, boa parte das pessoas sente-se "acima" da necessidade de cultuar um rito mínimo de devoção para fins de elevação de seu estado mental.

Tenha ou não informações sobre os fenômenos espirituais, o homem em geral, tão só por adquirir alguma formação, costuma rejeitar a prática - tão antiga quanto o homem -  da prece. Se for alguém um pouco mais informado sobre quaisquer ramos da ciência ortodoxa, muito provável que renegue quaisquer considerações metafísicas.

Paralelamente, há os que enfronham-se em estudos metafísicos e crêem que, apenas por isso, acham-se sob a jurisdição de alguma entidade de elevada estirpe, alguém que lhe garanta a proteção de um mestre.

É impressionante como o homem mediano tem a si mesmo com soberba e vaidade.

No dia-a-dia o que se vê é que há vaidosos envergando verdades religiosas e vaidosos trajando a túnica do misticismo, tanto quanto existem os vaidosos que elegem como "sagrado" o guarda-pó que vestem em seus laboratórios.

Todos eles devorando o naco de "verdade absoluta" que a Vida lhes destinou...

Mas quantos são os que transitam pelo planeta isento de influências negativas? É o mesmo que perguntar: quantos são os que não alimentam vícios e paixões, sejam simples ou sofisticados, quase sempre mal dissimulados sob pretextos e todo um ideário de auto-corrupção?

Pouquíssimos... 

Não tem sentido ignorar a via tão simples da prece sentida, verdadeira, feita com o coração, apenas por preconceito ou seja o que for... Só para se ter uma ideia, no âmbito da Conscienciologia há a, assim chamada, prática da tenepes. É a tarefa energética pessoal diária. Após ler sobre a tenepes o que fica é que se cuida de um bem elaborado sistema em que o praticante --- desde que se dedique sem auto-corrupções --- doa de si mesmo vibrações para uso dos amparadores em suas tarefas assistenciais.

Sem dúvida é um sistema que pode levar o ser a um equilíbrio espiritual que reúne a vantagem de inseri-lo no contexto de um consciente programa de atividades diante de seus amparadores.

Mas aqui é referida a tenepes por ser, pode-se assim dizer, a constatação de que a prece sentida, caso praticada sob o equilíbrio de uma postura serena, levará o ser a realizações muito interessantes. Entenda-se "postura serena" como o senso crítico necessário para evitar que a soberba e a vaidade poluam as intenções com a --- nem um pouco humilde --- autodeclarada condição de "salvo" ou "filho predileto" ou coisa que o valha...

Então, caso o ser não esteja na condição de realizar um trabalho interior e exterior de asserenamento e equilíbrio plenos --- como é o caso da imensa maioria dos seres humanos --- não deve deixar a boa prática da prece.

No frigir dos ovos o que resta é sempre e sempre a intenção. Ninguém consegue enganar a si mesmo enquanto ser multidimensional. Nada é mais ilusório do que a privacidade de um pensamento.

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