sábado, 22 de dezembro de 2012

Oitava Esfera... novamente...

A Oitava Esfera já foi abordada neste espaço e, por óbvio, não se chegou  a conclusões concretas, até porque não há muitas informações disponíveis fora dos círculos fechados de certas irmandades esotéricas. Se é que há muito mais acerca desse tema...

Mas, enfim, há algo mais que se colhe das miríades de textos que resvalam no assunto. Há várias interpretações sobre o fenômeno Queda, como já visto. Ao que parece, uma versão curiosa existe sobre a Oitava Esfera.

Após a integração plena na individualidade absoluta, com a encarnação no plano físico sob o inexcedível rigor das restrições materiais, o evolucionário passou a agregar aprendizado ao gigantesco concerto de impulsos lapidados durante a vida animal. O império dos instintos passou a ceder lugar ao conhecimento, à cognição, à capacidade de aprender.

O homem comeu do fruto do conhecimento.

Duas grandes vertentes vêm convivendo desde então. Os Filhos da Água, devocionais, emotivos, cheios de fé e livremente submissos à orientação dos credos religiosos, e os Filhos do Fogo, orgulhosos, racionais, cheios de convicção e donos de suas decisões. Os Filhos do Fogo desde sempre aram a terra e constroem os meios de sua sobrevivência; os Filhos da Água mantêm a humanidade vinculada aos valores magnos da alma, edificando as obras sociais e de socorro em geral. Sem os Filhos do Fogo não haveria o que os Filhos da Água pudessem usar no auxílio aos necessitados.

Segundo a Lenda Maçônica, na construção do Templo de Salomão tentou-se a reunião dos descendentes de Caim e dos filhos de Seth. Mas o "crime" de Caim fez com que os filhos de Seth, traiçoeiramente, tentassem apagar, com sua Água, o Fogo usado por Hiram na construção do Templo. É mais um símbolo de que a humanidade ainda não estava pronta para unificar o livre-arbítrio com o senso de dever.

Em meio a essa mitologia (ou misticismo) toda, há quem defenda que há mesmo um líder no comando dos seres excessivamente orgulhosos de sua livre escolha... Seria uma minoria de evolucionários que se desviaram do aprendizado que cabia aos Filhos do Fogo, mais uns tantos Filhos da Água que se deixaram seduzir pela vaidade extrema de um clero onipotente. Uma minoria muito perniciosa... Uma minoria muito perigosa... Uma minoria sem quaisquer preocupações cosmoéticas... A liderança dessa minoria, segundo se diz, cabe a uma personalidade extremamente carismática e capaz de conduzir seus "escolhidos".

O nome desse líder varia muito e está presente em todas as culturas da antiguidade. Não vamos sequer tentar listar exemplos.

O que importa é que essa minoria acha-se sob extrema organização hierárquica, no pior estilo militar (uma gestapo, uma SS), sob regime de eficácia plena e tolerância zero entre seus membros. Não são nem um pouco piedosos para com os que lhes cause algum transtorno. 

Essa minoria pretende se estabelecer na Oitava Esfera como "legítimos donos" de uma via paralela de evolução, na qual não haveria (em tese) nenhuma influência da Ordem Universal do Cosmos. Estaria aí a autêntica base do simbolismo de um certo Lúcifer? O que explicaria a extrema maldade dos rebeldes é a necessidade de adensamento total de seu corpo espiritual até o ponto de ser atraído pela Oitava Esfera, cujas características se foram estabelecendo sob um padrão de materialidade ainda maior do que o da Terra. Vibração espiritual em padrões densos do corpo espiritual significa, na prática, emoções extremas daquilo que aprendemos a chamar de "maldade" (ou seja, o império absoluto dos instintos sob a direção amoral da racionalidade).



         



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