Revista Espírita 1865 » Maio » Sobre as criações fluídicas
(Sociedade de Paris, 14 de outubro de 1864)
(Médium, Sr. Delanne)
Eu disse algumas breves palavras sobre os grandes mensageiros enviados entre vós para realizar sua missão de progresso intelectual e moral em vosso globo.
Se, nessa ordem, o movimento se desenvolve e toma proporções que notais a cada dia, um outro se realiza, não só no mundo dos Espíritos que deixaram a matéria, mas também importante na ordem material. Quero referir-me às leis de depuração fluídica.
O homem não só deve elevar sua alma pela prática da virtude, mas deve também depurar a matéria. Cada indústria fornece seu contingente a esse trabalho, porque cada uma delas produz misturas de toda espécie. Essas espécies liberam fluidos que, mais depurados, vão juntar-se na atmosfera a fluidos similares, que se tornam úteis às manifestações dos Espíritos de que faláveis há pouco.
Sim, os objetos procriados instantaneamente pela vontade, que é o mais rico dom do Espírito, são colhidos nos fluidos semimateriais, análogos à constituição semimaterial do corpo chamado perispírito, dos habitantes da erraticidade. Eis por que, com esses elementos, eles podem criar objetos, conforme o seu desejo.
O mundo dos invisíveis é como o vosso. Em vez de ser material e grosseiro, ele é fluídico, etéreo, da natureza do perispírito, que é o verdadeiro corpo do Espírito, haurido nesses meios moleculares, como o vosso se forma de coisas mais palpáveis, tangíveis, materiais.
O mundo dos Espíritos não é um reflexo do vosso; o vosso é que é uma imagem grosseira e muito imperfeita do reino de além-túmulo.
As relações desses dois mundos sempre existiram, mas hoje é chegado o momento em que todas essas afinidades ser-vos-ão relevadas, demonstradas e tornadas palpáveis.
Quando compreenderdes as leis das relações entre os seres fluídicos e aqueles que conheceis, a lei de Deus estará próxima de ser posta em execução, porque cada encarnado compreenderá sua imortalidade, e a partir de então ele se tornará não só um ardente trabalhador da grande causa, mas ainda um digno servidor de suas obras.
MESMER
Ainda assim, no meio espírita não são poucos os que negam a ideoplastia ambiente... Pretensamente, pregam uma "verdade" puríssima estrita à letra fria de Kardec, ainda que em contraposição à Revista Espírita, uma de suas maiores obras...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Somos livres em nossos pensamentos, opiniões, convicções. Seja bem-vindo! --- Obs.: tendo recebido comentários ofensivos sob o véu do anonimato, vi-me obrigado a não permitir mais mensagens sem identificação. Peço a compreensão dos amigos que aqui já postaram como anônimos antes, mas, infelizmente, nem todos têm senso de urbanidade e cidadania.