Mesmo dentre os espiritualistas há uma grave divergência sobre a origem evolutiva do homem. Muitos são os que rechaçam a tese de que o espírito (hoje) humano já esteve em corpos animais, mesmo aqueles bem menos identificáveis como nossos "ancestrais".
Sempre devemos ter em mente que há uma fundamental distinção a se fazer.
Quando se diz que o homem descende de formas animais mais simples, advindo de formas vegetais e até minerais, ninguém está tentando convencê-lo de que a sua consciência já esteve em uma samambaia ou em um granito.
Os detratores costumam dizer "tem gente que pensa que já fomos pedras".
A importante distinção que desde logo deve ser feita concerne ao conceito de INDIVIDUALIDADE.
O princípio vital que anima uma pteridófita, por exemplo, não tem individualidade. O princípio que anima um ser mais complexo que nossa avenca porém ainda bem distante da forma humana, digamos um colibri, tampouco tem individualidade.
Alguém imagina um cágado atendendo pelo nome? Reconhecendo o seu dono? Pulando em seu casco de pura alegria toda vez que recebe o dono em casa?
Não... Mas um cachorro faz isso, não é mesmo?
Então o cão tem invidualidade? Não... não plena pelo menos. Mas, ainda assim, muito maior do que uma lagartixa.
Há um conceito muito interessante denominado "espíritos-grupo" que pretendo abordar em outro tópico, futuramente. Neste momento direi apenas que a individualidade plena, a livre e plena consciência de si próprio, é o atributo evolutivo que caracteriza o ser como apto a atingir o pensamento contínuo, a contínua consciência.
O princípio evolui, evolui, evos e evos, eons e eons... Paulatinamente adquire pequenas porções de incremento. Vai se tornando individual.
Então, senhores, o homem não foi uma pedra. Mas foi parte de um princípio vital sem individualidade que, um dia, esteve no concerto das forças de atração e repulsão em que estagiam os fenômenos minerais.
O que é, então, "vida"?
O princípio não é dito "vital" à toa...
O Universo inteiro é vivo.
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